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O copépode calanóide Acartia tonsa é considerado uma espécie cosmopolita, cuja bio-ecologia foi amplamente estudada por diversos pesquisadores em várias partes do mundo. O interesse por esta espécie vem sendo renovado devido ao seu potencial como fonte de alimento vivo de elevado valor nutricional para larvas de peixes marinhos. O presente trabalho apresenta uma revisão dos trabalhos relacionados a este copépode. É mostrada a importância das microalgas em relação às suas fases de desenvolvimento, em termos de tamanho de partícula, sua concentração e suas vantagens qualitativas para a sobrevivência e uma maior produção de ovos por fêmea. Para que o uso destes animais em larviculturas se torne uma realidade, algumas metodologias de cultivo do copépode Acartia spp foram descritos por pesquisadores na Dinamarca, Austrália e Brasil. Além disso, são discutidas as suas vantagens, do ponto de vista nutricional, para larvas de peixes marinhos e o seu potencial como alimento vivo na larvicultura do robalo-peva Centropomus parallelus. Adultos da espécie Acartia tonsa capturados no ambiente natural foram cultivados por um mês sob condições controladas, sendo oferecida a microalga Thalassiosira weissflogii a uma densidade de 5 x 104 cél. mL como único alimento. Os ovos e náuplios produzidos nos tanques de reprodutores foram coletados diariamente através de um sistema simples e eficiente, e transferidos para tanques de crescimento, sendo oferecida Isochrysis (T-Iso) a uma densidade de 1 x 105 cél. mL-1. Uma parte dos náuplios coletados diretamente dos tanques de reprodutores foi cultivada sob as densidades de 500, 1000, 2000 e 4000 ind. L-1. As taxas médias de sobrevivência após uma semana foram respectivamente de 28,6%, 62,2%, 49,7% e 13,3%. As taxas de desenvolvimento foram mais lentas em 4000 L-1 de náuplios a copepoditos, no quinto dia, e de copepoditos a adultos, no sétimo dia. Copépodes adultos retirados dos tanques de crescimento foram cultivados nas densidades de 50, 100, 200 e 400 ind. L-1. As taxas médias de sobrevivência após uma semana foram respectivamente de 19,5%, 20,0%, 25,0% e 14,2%. A produtividade foi mais elevada na menor densidade (26,7, 17,2, 16,2 e 10,4 ovos fêmea-1 dia-1), havendo diferença significativa em relação à maior. As taxas de eclosão foram elevadas e muito próximas entre si (82, 88, 85 e 88%). |
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