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O objetivo do estudo foi realizar um levantamento de indicadores de saúde, hábitos de atividade física e aptidão física relacionada à saúde dos servidores (docentes e técnico-administrativos) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e comparar com o estudo realizado em 1994, nesta população. A amostra foi selecionada através de técnica aleatória estratificada e incluiu 484 servidores (165 docentes e 319 técnico-administrativos). Destes, 172 servidores participaram dos testes de aptidão física relacionada à saúde. Para coleta de dados, utilizou-se: questionário adaptado do estudo de 1994; medidas antropométricas e testes de aptidão física relacionada à saúde. Foram utilizados para análise dos dados, os programas SPSS para Windows e EpiCalc. A média de idade dos servidores foi de 45,24 anos (DP=7,75), 60,1% são casados, 82,2% pertencentes aos níveis socioeconômicos A/B e 83,4% relataram estarem satisfeitos no trabalho. A maioria dos servidores (83,3%) tem uma percepção positiva de saúde, superior aos dados de 1994. Aproximadamente 60% dos servidores relataram estarem insatisfeitos com o peso corporal e gostariam de diminuí-lo. Metade dos servidores encontra-se com IMC na faixa recomendável para a saúde, sendo os homens os que apresentam maior proporção de sobrepeso e obesidade. Houve uma tendência de aumento de homens com sobrepeso e obesidade de 1994 para 2004. A prevalência de fumantes foi de 14,1% significativamente menor que 1994 (21%), principalmente entre os técnicos administrativos. O consumo de mais de cinco doses de bebidas alcoólicas foi referido por 12%, proporção maior entre os homens e os docentes, em comparação as mulheres e os servidores técnico-administrativo, respectivamente. Os técnicos administrativos de 2004 diminuíram o consumo de álcool comparando com os 1994. A percepção positiva na qualidade do sono foi relatada por 79,4% dos servidores e em 1994 os servidores tiveram uma percepção mais positiva. Identificou-se que 14% dos servidores sentem-se estressados, resultados semelhantes aos de 1994 e os docentes do sexo feminino revelaram níveis mais altos de estresse. Os servidores técnico-administrativos do sexo masculino são os sujeitos com hábitos alimentares mais negativos. Quantos aos hábitos de atividade física habitual, foram considerados insuficientemente ativos 60% dos servidores. A maioria dos técnicos administrativos e das mulheres está em níveis insuficientemente ativos, confirmando os resultados de 1994. Nas atividades físicas diárias, os servidores passam a maior parte do tempo em atividades leves e moderadas. Diferente de 1994, em que os servidores passavam a maior parte do tempo em atividades leves. Relataram não incluir a prática regular de exercícios físicos ou esportes, 44,2% dos servidores, sendo a prevalência de servidores inativos no lazer inferior a 1994 (59,5%). Os servidores preferem utilizar o transporte passivo como meio de deslocamento para UFSC. Apesar das limitações devido à baixa representatividade da amostra na avaliação da aptidão física relacionada à saúde, indicou uma tendência a níveis melhores de cardiorrespiratório e resistência muscular, mas não para flexibilidade. Na razão cintura-quadril, aproximadamente um quinto dos servidores estão em condição de risco aumentado para doenças. Dados semelhantes a 1994 foram observados nos resultados do somatório das cinco dobras cutâneas. Não houve inter-relação entre atividade física habitual, IMC, fumo e consumo ocasional exagerado de álcool. Atividade física habitual foi associada negativa ao consumo de álcool, ao nível de estresse e ao consumo de frutas/sucos naturais e saladas verdes/verduras. |
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