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A cidade de Joinville, no estado de Santa Catarina, Brasil, conta com uma estação de tratamento de esgotos (ETE), composta por lagoas de estabilização, que atende 16% da população há 20 anos, denominada ETE-Jarivatuba. Esta apresenta controle operacional deficiente, agravado pela falta de segurança que estimula ações de vandalismo, inibindo novos investimentos, dificultando o cumprimento da legislação e impedindo o licenciamento ambiental de operação. Em função disto, este trabalho propõe um sistema de gerenciamento baseado em normas de qualidade como a ISO 9001 e nos critérios do Prêmio Nacional de Qualidade em Saneamento promovido pela ABES. O sistema de gerenciamento consistiu em elencar ações prioritárias - em termos de objetivos a serem alcançados - a partir de um diagnóstico geral da situação atual que permitiu detectar as falhas de segurança e operacionais, caracterizar o esgoto bruto afluente, bem como todas as lagoas componentes da ETE-Jarivatuba quanto a parâmetros físico-químicos e biológicos. A partir da análise estatística, verificou-se que as características físico-químicas e biológicas se mantém estáveis para todos os pontos amostrados durante diferentes estações do ano, bem como entre os dois módulos que operam paralelamente. O esgoto bruto apresentou concentração de DBO média de 170,19 mg/L. As lagoas anaeróbias e facultativas apresentaram eficiência na remoção de DBO inferior a prevista no projeto. Analisando-se o perfil longitudinal das lagoas, observou-se tendência ao regime de mistura completa. A ETE não atende ao Decreto Estadual 14.250/1981 no que se refere ao pH, DBO, E.coli e oxigênio dissolvido, nitrogênio e fósforo. Baseado nos resultados do diagnóstico, foram selecionados, como objetivos prioritários para o planejamento estratégico, ações nas áreas de: segurança patrimonial, recuperação da estrutura física, segurança do trabalho, regulamentação de despejos de caminhões limpa-fossa, controle de odores, adequação dos efluentes à legislação, cadastro de usuários não domésticos, pesquisa de ligações clandestinas, gerenciamento do lodo, controle de equipamentos e programa de visitação. |
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