Abstract:
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O tema atividade física tem sido amplamente discutido nos últimos anos, pois benefícios decorrentes desta prática tornam-se cada vez mais evidentes, seja na melhora da aptidão física, na prevenção e tratamento de doenças (diabetes, hipertensão, obesidade, câncer) e por consequência na promoção da saúde e melhora da qualidade de vida. Entretanto o sedentarismo vem aumentando nos últimos anos, em escala global, contribuindo para o aumento da obesidade abdominal. Desta forma, o objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de inatividade física e sua associação com a obesidade abdominal, estado nutricional, variáveis sociodemográficas e de ocupação em Policiais Militares (PMs) de Santa Catarina. Estudo de corte transversal, realizado com 67 PMs lotados na Companhia de Policiamento de Guarda. Foram coletadas variáveis antropométricas (circunferência abdominal, massa corporal e estatura) para a estimativa da composição corporal. O estado nutricional foi determinado pelo cálculo do Indice de Massa Corporal(IMC) (massa corporal/estatura2), sendo as classificações: normal (IMC= 18,5 até 24,9 kg/m2), sobrepeso (IMC= 25,0 até 29,9 kg/m2) e obeso (IMC= ≥ 30 kg/m2). O nível de atividade física foi obtido por meio do IPAQ versão curta, considerando como insuficientemente ativos aqueles que não acumularam pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana. As variáveis sociodemográficas (idade, estado civil, renda familiar e escolaridade) e de ocupação (tempo de serviço e função) foram coletadas a partir de um questionário elaborado pelo pesquisador e validado. A diferença entre as proporções de cada variável foi verificada por meio do teste de qui-quadrado. O nível de significância estabelecido foi de 5% (IC95%). A prevalência de PMs insuficientemente ativos foi de 23,9%. Não houve diferenças significativas (p>0,05) entre as proporções de PMs insuficientemente ativos e as variáveis sociodemográficas e ocupacionais analisadas. Quando comparadas as prevalências de policiais militares insuficientemente ativos de acordo com a composição corporal, não foram observadas diferenças significativas entre aqueles que apresentaram índices adequados de IMC para a saúde em relação aos que apresentavam excesso de peso e nos PMs com risco de desenvolver doença cardíaca comparados aqueles sem obesidade abdominal. Conclui-se que a prevalência de PMs insuficientemente ativos foi elevada, porém, não foram encontradas associações com as variáveis de composição corporal, sociodemográficas e de ocupação. Esses resultados são úteis para o governo do estado de Santa Catarina, ao comando da policia militar para a instauração de políticas públicas voltadas saúde do policial. |