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As lesões desportivas fazem parte da vida dos praticantes de qualquer tipo de esporte. O presente estudo tem como objetivo identificar a incidência das lesões em praticantes de kung fu de Florianópolis, assim como o local, tipo, mecanismos e a presença de lesões crônicas. Também verificar a presença de dores após o treinamento; identificar tratamentos realizados, período afastados, como foi o retorno a prática. Verificar o ambiente de prática e a utilização de equipamentos de proteção individual e a relação de número de lesões com o tempo de prática. Participaram 36 praticantes de kung fu, os quais foram entrevistados em suas academias. Para descrever os dados foi feito uma análise descritiva e para relacionar o número de lesões com o tempo de prática foi utilizado a correlação de Pearson com o nível de significância de (p 0,05). Os resultado obtidos, mostraram que mais da metade (26/36) dos praticantes já sofreram alguma lesão no período de 24 meses, sendo apresentados por estes um total de 96 lesões. Destas, 71 foram especificadas pelos praticantes, citando os membros inferiores (41/71), seguido dos membros superiores (12/71) como locais mais acometidos por lesões; a contusão (29/71) foi o tipo de lesão mais apresentado; o mecanismo gerador mais citado foi sofrendo golpe (35/71) e as lesões crônicas acometeram uma pequena parte dos praticantes (4/36) e não apresentaram nenhum padrão quanto ao tipo, somente em relação ao local, que apresentou (4/5) lesões no joelho. Mais da metade (20/36) dos praticantes relataram sentir dores após o treinamento, sendo o joelho mais citado (7/25). Os praticantes que se lesionaram (10/26) responderam que realizaram tratamentos, a utilização de medicamento (21/35) foi a mais frequente; o máximo de tempo afastado apresentado foi 30 dias e o mínimo 1 dia, sendo apresentado pela metade dos praticantes (18/36) o retorno a atividades com dores. Sobre o ambiente e equipamentos de proteção individual, quase todos (33/36) responderam que o ambiente era adequado a prática da modalidade. E (14/36) praticantes mencionaram usar equipamento de proteção individual, sendo o protetor bucal (10/48) o mais utilizado. Em relação ao tempo de prática e número de lesões foi encontrado uma correlação de r=0,16 indicando uma baixa correlação, não apresentando uma estatística significativa. Os resultados obtidos nesse estudo com praticantes de kung fu vão ao encontro de outros estudo de modalidades marciais similares, que utilizam golpes à distância. Além disso, o número de lesões independe do tempo de prática neste estudo, o que vai contra os resultados de outros estudos. |
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