Abstract:
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Grande parte da literatura acerca das Hipóteses de Eficiência de Mercado (HEM) relaciona eficiência de um mercado à flutuação aleatória do preço de seus ativos. Entretanto, podemos considerar mercados perfeitamente eficientes em termos absolutos como abstrações que não ocorrem na prática (GROSSMAN, STIGLITZ, 1980), mas que servem como útil referência para o conceito de eficiência relativa (CAMPBELL; LO; MACKINLAY, 1997). Além disso, alguns testes empíricos sobre a validade das HEM encontram uma séria dificuldade no que tange à formulação de hipóteses conjuntas (LO; MACKINLAY, 1999). A rejeição da hipótese de eficiência não determina se o mercado é realmente ineficiente ou se o modelo construído a priori para descrever o comportamento normal dos preços foi mal especificado. Este trabalho utiliza a medida de complexidade proposta por Lempel e Ziv (1976), que pode ser entendida como uma medida do grau de aleatoriedade de uma seqüência (KASPAR; CHUSTER, 1987), para verificar a eficiência de diversos analisa 36 índices de ações, ações individuais de 37 empresas selecionadas e 19 taxas de câmbio relacionadas ao dólar norte-americano. Esta medida apresenta duas características importantes: a utilização de uma série genuinamente aleatória como referência para um mercado idealmente eficiente (problema da impossibilidade de mercados perfeitamente eficientes) e a independência de um modelo especificado a priori para descrever o comportamento dos preços (problema da hipótese conjunta). A quantidade de informação redundante presente nas séries financeiras, representada pelos desvios da condição de aleatoriedade, foi calculada para estabelecer comparações de eficiência em termos relativos. Sob esta medida de eficiência, constatou-se que, por exemplo, o índice S&P500 é 99,1% eficiente e o índice Bovespa, 67,8% eficiente em relação a uma série genuinamente aleatória. The traditional market efficiency literature relates market efficiency to random price fluctuations. Yet a perfect efficient market is an idealization unattainable in practice (GROSSMAN; STIGLITZ, 1980), but that serves as a useful benchmark for measuring relative efficiency (CAMPBELL; LO; MACKINLAY, 1997). Besides, any empirical test of the efficient market hypothesis is a joint test of market efficiency and the equilibrium model assumed that defines normal asset returns. If the efficiency hypothesis is rejected, this could be because either the market is really inefficient or a poor model of price behavior has been specified. This work uses the complexity measure proposed by Lempel and Ziv (1976), which can be interpreted as a measure of the degree of randomness of a string (KASPAR; SCHUSTER, 1987), to assess the efficiency of financial markets in relative terms. This has been done by considering data from 36 stockmarket indices, 37 individual company stock prices, and 19 exchange rates. This approach presents two main advantages. Firstly, it measures the deviation from randomness as the degree of efficiency of a given market. And secondly, it does not require an equilibrium model for describing price behavior (the above joint hypotheses problem). Efficiency in relative terms has been assessed by measuring the amount of redundant information (deviation from randomness) in financial time series. Doing so, we have found, for instance, that the S&P500 index is 99.1% efficient whereas Bovespa index is only 67.8% efficient. |