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O objetivo deste estudo, in vitro, foi avaliar a resistência de união à microtração e a nanoinfiltração, após desproteinização da dentina decídua humana. Foram utilizadas coroas de molares decíduos hígidos, as quais tiveram a superfície oclusal desgastada com lixas de carbeto de silício, até a completa exposição da superfície dentinária, e para padronização da smear layer. Os espécimes foram distribuídos em seis grupos, de acordo com o tipo de tratamento (condicionamento ácido - CA ou CA + hipoclorito de sódio - NaOCl) e os sistemas adesivos: One Step Plus - Bisco (OSP), Single Bond - 3M ESPE (SB), Prime & Bond 2.1 - Dentsply (PB). Para o procedimento de desproteinização foi utilizado hipoclorito de sódio 10% por 30s. Os sistemas adesivos e a resina (Filtek Z 250 - 3M ESPE) foram aplicados de acordo com as recomendações dos fabricantes e os espécimes armazenados em água destilada (37ºC/24h). As coroas foram seccionadas obtendo-se palitos (0,8mm2), os quais foram imediatamente submetidos ao teste de resistência à microtração (Instron - 0,5mm/min), até fratura dos corpos-de-prova. Os valores obtidos foram analisados por ANOVA e teste de Tukey (p<0,05). Os corpos-de-prova foram levados ao microscópio eletrônico de varredura (MEV), para visualização do tipo de fratura e os dados submetidos ao teste de Kruskal-Wallis (p<0,05).A nanoinfiltração foi avaliada utilizando-se palitos e nitrato de prata amoniacal como marcador químico. A deposição da prata foi visualizada ao MEV e analisada de duas formas: 1. Em porcentagem (%), em três regiões do palito, utilizando-se espectometria por energia dispersa por raio-x (EDS); 2. Atribuição de escores pela avaliação das fotomicrografias obtidas ao MEV. Os dados (%) foram analisados por ANOVA e teste de Tukey (p<0,05) e os escores submetidos aos testes de Kruskal-Wallis e U de Mann-Whitney (p<0,05).Os valores médios obtidos para o teste de microtração sem desproteinização foram [MPa(DP)]: PB - 35,95(6,12); SB - 28,82(6,38); OSP - 24,59(6,10); e após desproteinização: PB - 41,47(6,79); OSP - 31,09(9,16); SB - 25,55(7,23). Os padrões de fratura mais comumente encontrados foram coesiva do adesivo e mista, para todos os grupos. A nanoinfiltração, avaliada por porcentagem, apresentou diferença significante para as variáveis tratamento e adesivo. A desproteinização da dentina condicionada reduziu significativamente a infiltração para o adesivo OSP. Para a variável sistema adesivo, na análise por porcentagem e por escores, o adesivo SB apresentou significativamente maior infiltração pelo nitrato de prata quando comparado ao OSP e PB, que foram similares entre si. Conclui-se que a resistência adesiva não foi influenciada pela remoção do colágeno exposto pelo condicionamento ácido e que a nanoinfiltração não foi evitada pela desproteinização dentinária. |
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