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O Brasil apresentou, nos últimos anos, um crescimento significativo na quantidade de Instituições de Ensino Superior e de alunos matriculados nos cursos oferecidos. O censo da educação superior desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – INEP, no ano 2000, aponta a existência de mil cento e oitenta instituições de ensino superior no país e, ao mesmo tempo, mostra um significativo aumento no número de alunos matriculados nos cursos de graduação. Este aumento foi de quase quatorze por cento em relação ao ano anterior, atingindo, em 2000, o patamar de dois milhões e setecentos mil alunos. Em Santa Catarina, as universidades apontadas no censo do INEP contam com mais de cento e dezoito mil alunos matriculados em cursos de graduação universitária. Este número, segundo Bevilacqua (2002), cresce dez por cento ao ano. De acordo com o Conselho Regional de Administração de Santa Catarina – CRA/SC, estão presentes, apenas neste Estado, quarenta e nove faculdades de Administração. Estes dados evidenciam a necessidade da utilização de estratégias de Marketing por parte das IES para atingir objetivos institucionais. Do ponto de vista acadêmico, a primazia de incluir oficialmente o ensino de Marketing nas Universidades brasileiras coube à Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, no ano de 1953 (GRACIOSO,1997). A partir de então, os cursos de Administração de nível superior passaram a oferecer, como parte de sua grade curricular, disciplinas de Marketing que, em diversos estágios, abordam desde as noções básicas até os conceitos avançados da área. Os alunos que freqüentam estes cursos são expostos às novas tendências do mercado que irão atuar, seja no âmbito econômico, político ou social. O discurso didático, exemplificado com diversos tipos de cases, aproxima o estudante da realidade empresarial, onde a ciência e a tecnologia são utilizadas de forma intensiva nas estratégias que visam, entre outros objetivos, satisfazer e reter atuais clientes e atrair novos clientes. O planejamento de programas educacionais que atendam as necessidades da comunidade e que atraiam o apoio de fontes de financiamento, de ex-alunos e de outros organismos, deveria ser abordado pelas instituições educacionais sob a ótica das estratégias de Marketing expostas em sala de aula. A retórica de Marketing deveria sair do campo teórico e ser aplicada, na prática, nos procedimentos administrativos da instituição. O incremento do número de Instituições de Ensino Superior, antes mencionado, reforça a necessidade de cada instituição estabelecer suas estratégias de Marketing. Surge, então, um questionamento: Como são percebidos esses esforços de Marketing pelo público alvo? Dada a abrangência do questionamento exposto foi necessário limitar o problema de pesquisa para viabilizar o estudo. Esta investigação foi limitada aos calouros que ingressaram no ano 2001 no Curso de Administração da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). |
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