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O crescimento anual no Brasil de Instituições de Ensino Superior Privadas gira em torno de 9% a 12%. Esta movimentação no mercado de ensino acirrou a concorrência entre as Instituições e a busca de potenciais alunos têm se evidenciado, não apenas nos meios comunicativos, mas na flexibilização dos processos seletivos de ingresso de alunos nestas Instituições. O surgimento de novas Instituições de Ensino Superior em diferentes pontos do país deve-se ao desdobramento de competências de Instituições que, anteriormente, atendiam somente o primeiro e segundo grau e que passam a atender a graduação, e de cursinhos preparatórios para o vestibular que transformaram-se em Instituições de Ensino Superior. Buscando regular esta situação, e primando pela qualidade do ensino no país e pela boa formação dos novos profissionais, tanto nas instituições públicas como nas privadas, uma medida foi instaurada pelo MEC, no intuito de medir o perfil do egresso, foi o Exame Nacional de Cursos, mais conhecido como Provão, aplicado a 20 cursos de graduação das diferentes Instituições de Ensino Superior. Com o aumento da concorrência, o marketing em IES converte-se em uma ferramenta necessária para diferenciar os serviços, atrair e manter os alunos, seja através da criação de valor da marca, ou das notas do Provão, confirmando a qualidade da instituição ou do sistemas de ensino, entre outros; direcionando a utilização de métodos da abordagem mercadológica para a conquista de novos clientes e manutenção dos clientes atuais. Neste sentido, é preciso estudar as necessidades mutantes deste mercado, a partir de dois pontos de vista: as expectativas das empresas no mercado de trabalho e as aspirações particulares do jovem ingressante. Ao mesmo tempo, os egressos destas IES levam consigo o nome da Instituição e passam a atuar no mercado e a serem reconhecidos e associados à estas pela sociedade como um todo. Representando micros retratos da IES responsável pela sua formação, os egressos são responsáveis pela propagação da imagem institucional, que pode ser favorável ou desfavorável, tanto em função do desempenho do aluno no mercado como pela imagem já formada da IES, oriunda de outras interações, positivas ou negativas, desta com a sociedade. Na apreciação de Gracioso (apud MESA, 2001), ainda é difícil definir o papel principal das universidades e suas limitações na formação de cidadãos responsáveis, e na satisfação das necessidades de seus ‘clientes’. Considerando a comunidade empresarial, por exemplo, as empresas procuram por profissionais da área de administração que denotem um perfil inovador, criativo, imaginativo e com visão de responsabilidade social, fazendo com que se crie cada vez mais a necessidade de cursos de graduação em Administração concentrados na formação de profissionais adequados às competências exigidas pelo mercado atual. No entanto, as características do mercado mudam constantemente e as IES devem estar atentas a estas mudanças. Para este estudo, optouse em verificar e caracterizar a imagem do egresso do Curso de Administração de três IES de Florianópolis sendo uma Federal, uma Estadual e uma Privada, junto a comunidade empresarial; mais especificamente, junto às empresas que selecionam e recrutam recursos humanos para esta comunidade. Ao todo 5 empresas de seleção e recrutamento participaram da coleta, representadas, principalmente, pelos psicólogos responsáveis por estas atividades dentro destas organizações. Durante a análise, e antes mesmo da correlação com a missão estratégica dos Cursos de Administração, prevaleceu a abordagem de três tópicos que colaboraram para a detecção da imagem: identificação da solicitação padronizada ou eclética de perfil do profissional de administração pela comunidade empresarial, existência de diversidade de perfis entre Instituições de Ensino Superior, existência de diversidade de perfis entre UFSC, ESAG/UDESC e UNISUL. |
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