"Trodding out of Babylon": linguagem, pessoa e formas de tradução Rastafari

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Title: "Trodding out of Babylon": linguagem, pessoa e formas de tradução Rastafari
Author: Araujo, Felipe Neis
Abstract: Trata-se, nesta dissertação, de seguir algumas formas através das quais Rastafaris traduzem em suas narrativas, seus corpos e seus conceitos as suas experiências, suas expectativas, sua história, seus conflitos e dissensos. Os Rastas acusam o colonizador branco europeu de ter alterado a história do Criador, Jah, e do Homem, afim de tentar subjugar o Homem Negro, a criatura original. Uma das principais formas de promover estas alterações, dizem os Rastas, se dá através da edição e da tradução dos textos bíblicos. Não é apenas a tradução de um idioma para o outro que concorre para a alteração das narrativas sagradas: as formas de vivenciar as narrativas - de tornar a palavra em carne - também são traduções, e através delas a Babilônia - o dominador - falsifica as prescrições do Criador. Na tentativa de tentar subjugar o Homem Negro a Babilônia também criou um idioma, criou conceitos e fabricou narrativas. Os Rastas, entretanto, atentaram para as armadilhas do idioma inglês, a language of the master, e desenvolveram métodos para escrutiná-lo. Afim de se diferenciar da Babilônia os Rastas também vêm fabricando uma linguagem para si, um idioma com conceitos que procuram ser positivos. Para além das narrativas e de um idioma, os Rastas também procuram se diferenciar fisicamente da Babilônia, cultivando seus corpos de acordo com prescrições sagradas que traduzem da Bíblia. Algo que se destaca nos corpos Rastafari e nas narrativas nativas que tratam dele é a positivação da negritude e da africanidade. O corpo Rasta conecta a negritude à africanidade e ao Criador; a alimentação às relações sociais e históricas; os dreadlocks às prescrições bíblicas; a cannabis à saúde, à noção de I - um conceito importante que remete ao elo entre a pessoa rastafari e Deus - e à sabedoria. Tanto o idioma corporal quanto o idioma verbal dos Rastafari são instrumentos acionados pelos irmãos e irmãs no processo de deslocamento da Babilônia em direção a Sião, deslocamento que se dá tanto no plano físico quanto no plano intelectual. <br>Abstract : My aim, in this dissertation, was to follow some of the ways through which Rastafarians translate into narratives, bodies and concepts their experiences, expectations, history, conflicts and disagreements. The Rastas accuse the white European colonizers of having modified the history of the Creator, Jah, and of Man, in order to try to subdue the Black Man, the original creature. One of the main ways to work these modifications, the Rastas say, is through the editing and translation of biblical texts. But it is not just through the translations from one language to another that the alteration of the sacred narratives work: the ways of experiencing these narrative - to make the word flesh - are also translations, and through them Babylon ? the dominator ? falsifies the prescriptions of the Creator. In the attempt to subdue the Black Man, Babylon has also created a language, concepts, and narratives. The Rastas , however, pay attention to the pitfalls of the English language, the language of the master, and have developed methods to scrutinize it. In order to operate a differentiation from Babylon the Rastas have also fabricated a language for themselves, a language with concepts meant to be positive. In addition to the differentiations they work through their narratives and language, the Rastas also seek to differentiate themselves from Babylon physically, cultivating their bodies according to sacred prescriptions they translate from the Bible . Something that stands out in the Rastas' bodies and in the narratives regarding it is the positivization of blackness and Africanness. The Rasta body connects blackness and Africanness to the Creator; it connects a way of alimentation to social and historical relations; it links the dreadlocks to biblical prescriptions; it relates cannabis to physical health and to the notion of I - an important concept that refers to the link between the person and God -, of Rastafari and wisdom. Both the body language and the verbal language of Rastafari are tools worked by brothers and sisters in the process of displacement from Babylon toward Zion; displacement that occurs both in the physical and in the intellectual planes.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Florianópolis, 2014.
URI: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/123404
Date: 2014


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