UM OLHAR SOBRE INFÂNCIA DE GRACILIANO RAMOS: REFLEXÕES

DSpace Repository

A- A A+

UM OLHAR SOBRE INFÂNCIA DE GRACILIANO RAMOS: REFLEXÕES

Show simple item record

dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina pt_BR
dc.contributor.advisor Duarte, Adriano Luiz
dc.contributor.author Santos, Zâmbia Osório dos
dc.date.accessioned 2014-09-02T13:56:42Z
dc.date.available 2014-09-02T13:56:42Z
dc.date.issued 2014-09-02
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/124795
dc.description TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro d Filosofia e Ciências Humanas, Departamento de História. pt_BR
dc.description.abstract Em 1945, Graciliano Ramos, já consagrado escritor brasileiro, publicou Infância, um livro de memórias onde as fronteiras entre o ficcional e o autobiográfico se misturam na narrativa, desde a primeira lembrança infantil até os 11 anos da personagem central. O livro é muitas vezes entendido como relato denúncia da forma como se dava a educação brasileira, e o presente trabalho buscou analisá-lo sobre outra ótica, além de perceber as relações entre a sociedade e a literatura que se materializam na escrita do texto. Entendendo a literatura como o diálogo com a sociedade que a produz, a pesquisa voltou-se para os debates sobre a educação que acontecia nos anos de produção do livro e o lugar de Infância na literatura brasileira, como pertencente da corrente literária denominada “Romance de 30”, fundada sobre uma nova percepção da realidade. O Brasil, que nos anos de 1920 foi palco de utopias modernistas e modernizantes,figura, após a crise da bolsa nos Estados Unidos da América, um cenário de países que afundaram na recessão e no desemprego, presencia as sombras do fascismo e nazismo, o sentimento de catástrofe dado como algo iminente, e as ameaças latentes da guerra e da revolução. Uma onda de pessimismo e desespero tomou conta do mundo, tornando geral o sentimento de descrença no sistema liberal democrático que, até então, servia como modelo. E, no Brasil, ocorre uma bifurcação na sociedade: uma reação à extrema direita, materializada no fascismo, nazismo e integralismo, ou à esquerda na forma do comunismo ou bolchevismo. Diluídas as utopias modernistas, os intelectuais brasileiros precisam construir um novo horizonte, com base em novos ideais, em que dois caminhos se apresentam, e a escolha por um deles significa total afastamento do outro, assim, os intelectuais dos anos 30 estavam totalmente conectados a essa realidade política. A narrativa memorialista de Infância não nos remete somente ao fato lembrado e narrado, mas cria a possibilidade de deslocamento no tempo e no espaço, interconectando palavras e representações, correlacionando sentidos, abrindo perspectiva de acesso ao estudo do passado, bem como à ressignificação do lembrado que, encerrado na esfera do vivido, o acontecimento lembrado não tem limites, apresenta-se como uma chave para significar o antes e o depois. É assim que interpretamos as explicações dadas pela personagem-narrador, o cotidiano vivenciado é o de sua família, mas ali se materializam os elementos e contradições de toda uma sociedade brasileira que olha para si e tenta transformar a sua realidade. pt_BR
dc.format.extent 45 páginas pt_BR
dc.language.iso pt_BR pt_BR
dc.subject Infância. Graciliano Ramos. Romance de 30. História. Literatura. pt_BR
dc.title UM OLHAR SOBRE INFÂNCIA DE GRACILIANO RAMOS: REFLEXÕES pt_BR
dc.type TCCgrad pt_BR


Files in this item

Files Size Format View Description
INFÂNCIA_ZÂMBIA.REVISADO.pdf 915.6Kb PDF View/Open PDF

This item appears in the following Collection(s)

Show simple item record

Search DSpace


Browse

My Account

Statistics

Compartilhar