Força de preensão manual de crianças e adolescentes vivendo com o vírus da imunodeficiência humana

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Força de preensão manual de crianças e adolescentes vivendo com o vírus da imunodeficiência humana

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Title: Força de preensão manual de crianças e adolescentes vivendo com o vírus da imunodeficiência humana
Author: Cardoso, Andréia Rodrigues de Souza
Abstract: A preocupação em compreender a força muscular em jovens vivendo com HIV, bem como a escassa literatura sobre esse assunto, a qual mostra que essa força é inferior naqueles que vivem com HIV quando comparados a jovens não infectados, conduz-nos ao objetivo do presente estudo: investigar a força de preensão manual (FPM) de crianças e adolescentes de ambos os sexos vivendo com HIV adquirido por transmissão vertical, residentes na região da Grande Florianópolis, SC, Brasil. Foram investigadas 50 crianças e adolescentes de ambos os sexos, com médias de idade, massa corporal e estatura de 12,32±1,87 anos, 40,89±10,08 kg e 149,12±12,78 cm, respectivamente, assim como coletadas informações demográficas e econômicas. As medidas antropométricas (massa corporal, estatura, IMC, dobra cutânea de tríceps, perímetro de braço e de cintura) e de ângulo de fase (que é uma estimativa da massa muscular realizada a partir dos valores de resistência e reactância da impedância bioelétrica) foram expressos em escore z. Foi mensurada a ingestão de energia e de proteínas por meio de recordatório de 24 horas, o tempo de reação por meio de um instrumento específico, o nível de atividade física pelo PAQ-C e a FPM por meio de dinamômetro. Foram avaliados os parâmetros da infecção (linfócitos T - CD4+, carga viral HIV RNA e tratamento) disponíveis nos prontuários dos pacientes. A maturação sexual foi avaliada por inspeção visual seguindo os critérios de Tanner. Foi utilizada estatística descritiva (média, desvio padrão e mediana) e inferencial (testes T de Student e T pareado, Qui-Quadrado, ANCOVA e correlação parcial de Spearman), com nível de significância de 5%. Os valores médios de escore z das medidas antropométricas e do estado nutricional dos pacientes foram negativos. A maioria apresentava bom controle da infecção mantendo carga viral HIV RNA indetectável (n=27, 54,0%) e sem evidência de imunossupressão (n=44, 88,0%). Em média, os pacientes tiveram FPM de 23,75 ± 8,27 kg, sendo que o sexo masculino (27,11 ± 10,00 kg) foi significativamente mais forte que o feminino (21,32 ± 5,80 kg). A média da FPM foi intermediária àsencontradas na literatura com jovens não infectados. A FPM aumentou em função dos estágios de maturação sexual (F=8,88; p<0,01), mas não diferiu entre os níveis de atividade física, sintomatologia ou controle da carga viral, mesmo com ajustes por covariáveis (sexo, idade, massa corporal, ângulo de fase, maturação sexual, tempo de reação, ingestão de calorias e proteínas, linfócitos T DC4+ de 12 meses). Não foi observada relação entre a FPM e os parâmetros atuais da infecção, seja da carga viral (r=-0,047; p=0,766) ou dos linfócitos T-CD4+ (r=0,104; p=0,510). Concluiu-se que o bom estado de saúde dos pacientes, associado à supressão viral e à preservação imunológica, parece minimizar a influência negativa da infecção pelo HIV sobre a FPM.<br>Due to the limited literature on this subject, which shows lower muscle strength in those living with HIV when compared to uninfected youth, understanding muscle strength in youth living with HIV, is a concern that leads us to the aim of the present study: to investigate handgrip strength (HgS) in children and adolescents with perinatal HIV infection, residents of Florianópolis, SC, Brazil. Fifty children and adolescents of both sexes were investigated, with average values of weight, height and age of 40.89±10.08 kg, 149.12±12.78 cm e 12.32±1.87 years, respectively. Demographic and economic information were collected. Anthropometric values (weight, height, BMI, triceps skinfold, arm and waist circumferences) and bioelectrical phase angle were presented in z-score. Caloric and protein intake were measured by 24-hour dietary recall, reaction time by a specific instrument, physical activity level by PAQ-C and HgS by dynamometer. Medical records were accessed for available information on HIV infection (lymphocyte TCD4+, viral load HIV RNA and treatment). Sexual maturation was assessed by visual inspection according to Tanner?s criteria. Descriptive and inferential statistical procedures (Student?s T-test, paired sample T-test, Chi-Square, ANCOVA and Spearman?s partial correlation) were performed, adopting significance level of 5%. Anthropometric and nutritional status z-score were negative. Most patients had good infection control, keeping viral load HIV RNA undetectable (n=27, 54.0%) and without evidence of immunessupression (n=44, 88.0%). The average of HgS was 23.75 ± 8.27 kg, and males (27.11 ± 10.00 kg) were stronger than females (21.32 ± 5.80 kg). Mean values of HgS were intermediate of those found in literature among uninfected youth. HgS increased with pubertal stage (F=8.88; p<0.01) and was similar among physical activity levels, symptoms and viral load control, even when adjusted by covariates (age, body mass, phase angle, sexual maturation, reaction time, caloric and protein intake and last 12 months lymphocyte TCD4+). There was no relationship between HgS and viral load HIV RNA (r=-0,047; p=0,766) or lymphocyte TCD4+ (r=0,104; p=0,510). Good health condition of the patients, associated with viral load suppression and preservedimmune function, seemed to minimize negative influence of HIV infection on HgS.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2014.
URI: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/128644
Date: 2014


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