dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
pt_BR |
dc.contributor.advisor |
Dall'Agnol, Darlei |
pt_BR |
dc.contributor.author |
Peruzzo Júnior, Léo |
pt_BR |
dc.date.accessioned |
2015-02-05T20:41:37Z |
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dc.date.available |
2015-02-05T20:41:37Z |
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dc.date.issued |
2014 |
pt_BR |
dc.identifier.other |
328202 |
pt_BR |
dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/129098 |
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dc.description |
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2014. |
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dc.description.abstract |
A presente tese defende a possibilidade do cognitivismo moral pragmático nas Investigações Filosóficas de Wittgenstein. Esta posição é sustentada a partir da reconstrução do debate metaético instaurado entre cognitivistas e não-cognitivistas, especialmente nas interpretações fornecidas pelo realismo moral de McDowell e pelo quase-realismo de Blackburn. Inicialmente, o trabalho mostra que no Tractatus o autor defende o não-cognitivismo como alternativa para demarcar o limite entre o conteúdo das proposições científicas e aquelas morais. Entretanto, a partir das Investigações, é possível sustentar que o debate metaético entre realistas e antirrealistas é equivocado, uma vez que Wittgenstein compreende os jogos de linguagem morais como expressão intersubjetiva compartilhada pela forma de vida humana. Neste sentido, a ideia pragmática, derivada da influência jamesiana, deve ser considerada em sentido instrumental, uma vez que juízos e conceitos morais são cognitivos, na medida em que são analisados os resultados produzidos na ação, na práxis. Para apoiar nossa posição, mostramos que Wittgenstein recusa, por um lado, a visão platônica sobre as regras, analisada também pelo realismo moral e, por outro, o argumento de que não há regras objetivas e, por isso, todo conteúdo moral seria redutível a uma certa comunidade. Dominar uma técnica, seguir uma ordem, compreender um sentimento moral, portanto, não é um processo automático, pois, como afirma Wittgenstein "[...] 'seguir a regra' é uma práxis" (IF, § 202). Assim, o pressuposto comum a essas duas teorias metaéticas [cognitivismo e não-cognitivismo] pretende ser superado pelo cognitivismo pragmático, uma vez que suas falsas dicotomias partem da tese de que todo conhecimento moral é proposicional. Para sanar esse paradoxo, evitamos uma dicotomia radical entre fatos e valores, isto é, não há ações que podem ser valoradas como, por exemplo, certas ou erradas, corretas ou incorretas, extrinsecamente ao contexto do seu uso. No cognitivismo moral pragmático compreendemos que os valores estão na forma de vida humana, pois o que os jogos de linguagem morais partilham em comum é dado intersubjetivamente. Portanto, as regras que orientam os jogos de linguagem morais, para Wittgenstein, não são trilhos extralinguísticos, mas estão estruturadas pelas nossas práticas humanas.<br> |
pt_BR |
dc.description.abstract |
Abstract : This thesis defends the possibility of pragmatic moral cognitivism in Wittgenstein s Philosophical Investigations. This position is sustained from the reconstruction of the meta-ethical debate triggered between cognitivists and non-cognitivists, especially in the interpretations provided by McDowell s moral realism and Blackburn s quasirealism. First, the work shows that in the Tractatus the author defends non-cognitivism as an alternative to demarcate the boundary between the content of scientific propositions and moral ones. However, from Investigations, it is possible to argue that the meta-ethical debate between realists and antirrealists is misleading, as Wittgenstein understands moral language games as intersubjective expression shared by the human form of life. In this sense, the pragmatic idea derived from the Jamesian influence, should be considered in the instrumental sense, as judgments and moral concepts are cognitive to the extent that the results produced in action are analyzed, in praxis. To support our position, we show that Wittgenstein's refuses, on the one hand the Platonic view of the rules, also analyzed by moral realism and on the other hand the argument that there are no objective rules and therefore all moral content would be reducible to a certain community. Master a technique, follow an order, comprise a moral feeling, therefore, is not an automatic process, because, as Wittgenstein says "[...] 'rule-following' is a praxis" (IF, § 202). Therefore, the common assumption between these two meta-ethical theories [cognitivism and non-cognitivism] intends to be defeated by the pragmatic cognitivism, as their false dichotomies run throughout the thesis that moral knowledge is propositional. To solve this paradox, we avoid a radical dichotomy between facts and values, that is, there are no actions that can be valued, for example, as right or wrong, correct or incorrect, extrinsically to the context of its use. In pragmatic moral cognitivism, we understand that the values are in the form of human life, because what the moral language games share in common is given intersubjectively. So the rules that are a guide to moral language game for Wittgenstein, are not extralinguistic rails, but are structured by our human practices. |
en |
dc.language.iso |
por |
pt_BR |
dc.subject.classification |
Filosofia |
pt_BR |
dc.subject.classification |
Cognição |
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dc.subject.classification |
Etica |
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dc.title |
Cognitivismo moral pragmático e metaética nas investigações filosóficas de Wittgenstein |
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dc.type |
Tese (Doutorado) |
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