Abstract:
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A suinocultura vem apresentando dados crescentes de leitões nascidos por leitegada. Enquanto que na década de 1990 o número total de leitões nascidos em plantéis com excelente material genético limitava-se, em média, a 10 a 12 leitões, verifica-se, atualmente, o nascimento freqüente de leitegadas com 15 e mais leitões no total, resultando no aumento de 3 a 4 leitões nascidos em média por leitegada. Esse aumento no desempenho reprodutivo de fêmeas suínas é altamente desejável do ponto de vista produtivo e econômico, mas pode trazer alguns efeitos adversos. Um deles é que o peso médio dos leitões diminui. O outro é que o número de leitões com peso baixo ao nascer (em torno de 1,0 kg e menos, denominados de “refugos”) aumenta, fazendo com que esses leitões, devido à grande competição pelo leite materno, tenham menor taxa de sobrevivência, ou maior taxa de morbidez, com conseqüente atraso em seu desenvolvimento. Em relação às fêmeas hiperprolíficas, especialmente leitoas, o efeito adverso é o risco de serem descartadas ou de apresentarem baixo desempenho reprodutivo em leitegadas subseqüentes como decorrência de grande desgaste físico e corporal causado pela amamentação de leitegadas numerosas. A transferência de leitões entre leitegadas no segundo ou terceiro dia de vida, após terem consumido o colostro materno, tem sido uma prática de manejo utilizada visando aumentar a chance de leitões leves ao nascimento sobreviverem, mas que se torna inviável quando o tamanho médio das leitegadas ao nascer em um mesmo lote de fêmeas é grande. Outra alternativa, é a de criar artificialmente esses leitões, transferindo-os para equipamentos de aleitamento artificial, denominados de “ama-de-leite”, objetivando proporcionar aos leitões maior consumo de nutrientes e melhorar sua viabilidade. O experimento mostrou que a utilização de máquinas de aleitamento artificial não melhora a taxa de sobrevivência de leitões refugos, mas melhora o desempenho dos leitões em ganho de peso aos 5 e 10 dias após a transferência para a máquina “ama de leite” e ao desmame. |