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A bovinocultura é considerada um dos principais destaques do agronegócio brasileiro, por possuir atualmente o maior rebanho comercial do mundo. Em geral, o consumo de carne no mundo vem crescendo, devido, principalmente, a uma alta na ingestão de proteína animal em mercados asiáticos, como a China e Índia. Contudo, o Brasil é um dos únicos países que ainda possui condições para expandir sua produção, a fim de suprir essa demanda. O Estado de Santa Catarina, apesar de não se destacar com grandes volumes de produção e exportação, possui um status sanitário diferenciado, livre de Febre Aftosa sem vacinação, desde 2007. Condição esta que garante a exportação de produtos cárneos, incluindo de outras espécies, a mercados altamente exigentes. Este trabalho teve como objetivo geral descrever e analisar a cadeia produtiva da carne bovina catarinense, considerando a sua condição sanitária diferenciada junto ao mercado. O estudo foi conduzido de maneira exploratória e descritiva, para obter novas perspectivas sobre o assunto, preocupando-se com a análise do seu comportamento ao longo do tempo. As informações quantitativas foram coletadas a partir de dados públicos junto à CIDASC, referentes ao ano de 2013, por intermédio do Sistema de Gestão da Defesa Agropecuária Catarinense – SIGEN+ e do Sistema Aliceweb. No trabalho de defesa sanitária animal foi possível perceber os inúmeros programas que a sustentam e a complexidade dessas ações, que são realizadas de maneira estratégica. Na descrição da cadeia produtiva da carne bovina catarinense foi possível identificar e analisar as características de cada segmento envolvido e o relacionamento entre eles. O trabalho também possibilitou a identificação e o mapeamento dos principais polos de produção bovina e bubalina, assim como, as agroindústrias frigoríficas presentes no Estado. Observou-se que a cadeia apresenta certa desarticulação, evidenciando a necessidade de acompanhar a modernização para o fornecimento de produtos de qualidade, padronizados e com regularidade, a fim de atender a demanda. Como resultado dessa falta de organização dos segmentos da cadeia produtiva e, com base na baixa escala de produção, nota-se que essa condição sanitária do rebanho bovino catarinense, livre de febre aftosa sem vacinação, não foi transformada em oportunidade de mercado. |
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