Desafios para o desenvolvimento de processos comerciais agroecológicos na rede de cooperativas da reforma agrária do Paraná

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Desafios para o desenvolvimento de processos comerciais agroecológicos na rede de cooperativas da reforma agrária do Paraná

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina pt_BR
dc.contributor.advisor Rover, Oscar José pt_BR
dc.contributor.author Riepe, Ademir de Jesus pt_BR
dc.date.accessioned 2016-01-15T14:55:40Z
dc.date.available 2016-01-15T14:55:40Z
dc.date.issued 2015 pt_BR
dc.identifier.other 336758 pt_BR
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/158452
dc.description Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2015. pt_BR
dc.description.abstract Esse trabalho apresenta resultados de uma pesquisa desenvolvida junto à rede de cooperativas de reforma agrária localizada no estado do Paraná, região Sul do Brasil. Esta rede propõe o desenvolvimento de processos produtivos e comerciais sob a perspectiva da agroecologia, porém, inserida no sistema agroalimentar hegemônico enfrenta dificuldades para alcançar os seus objetivos. Neste contexto, a pesquisa buscou resposta para a seguinte pergunta: quais elementos da comercialização de alimentos realizada pela rede de cooperativas de reforma agrária do Paraná são (in) compatíveis com a agroecologia? Constatamos que as cooperativas de reforma agrária se diferem entre si quanto às formas de organização da produção e comercialização, de modo que algumas se aproximam mais de uma perspectiva agroecológica enquanto outras menos. Constatamos que um grupo de cooperativas está mais próximo da agroecologia. Esse grupo concentra importantes avanços em termos de produção agroecológica/orgânica de alimentos e comercialização no mercado regional (até 100 km), no qual persiste uma maior aproximação entre produtores e consumidores. Suas práticas de comercialização permitem o fortalecimento das formas de produção familiar e a diversificação produtiva, com a valorização de produtos agroecológicos/orgânicos. Os mercados acessados por estas cooperativas conferem-lhes maior autonomia em seus processos produtivos, porém elas têm forte dependência de um mercado para o escoamento da ampla diversidade de alimentos, o que representa um risco para sua autonomia e garantia da produção diversificada. Há outro grupo de cooperativas, o qual consideramos numa condição intermediária em relação à agroecologia. Esse grupo comercializa elevada diversidade de alimentos, porém, sua maior proporção é do tipo convencional, cuja venda é realizada principalmente no mercado regional (até 100 km), em operações comerciais que aproximam produtores e consumidores e que permitem o fortalecimento das formas de produção familiar. Este grupo apresenta o mesmo limite do grupo I, para a forte dependência de um mercado específico. Assim, entendemos que é necessário desenvolver estratégias que possam elevar o grau de autonomia das cooperativas que integram os grupos I e II, pelo beneficiamento mínimo de vegetais e diversificação de canais de comercialização que possam igualmente estimular a diversificaçãoprodutiva. Por último, identificamos um grupo de cooperativas ?mais convencionais?. Ele comercializa limitada diversidade de produtos, na sua maior proporção do tipo convencional, que são destinados principalmente a circuitos longos de comercialização. Estas organizações se especializaram na comercialização de um número limitado de produtos. Se isto lhes dá vantagem de dominar bem os processos das vendas que realizam, lhes restringe porque ficam dependentes de poucos compradores. Os circuitos comerciais nos quais elas participam podem contribuir para a especialização produtiva e, portanto, para um maior distanciamento do que a agroecologia propõe.<br> pt_BR
dc.description.abstract Abstract : This research centers on a network of agrarian reform cooperatives in Paraná, Southern Brazil. Informed by an agroecological perspective, these cooperatives organize productive processes and commercialization. However, given the constraints posed by the hegemonic food system, they struggle to realize their objectives. Therefore, this study asks: Which elements in the marketing of food by Paranense agrarian reform cooperatives are (in)compatible with agroecology? It contributes an understanding of the heterogeneity of agrarian reform cooperatives, primarily in terms of marketing and productive organization and outlines a continuum of compliance with agroecological principles: high, intermediate, and low. The study found that location is an important factor in the success of the agroecological model, with the most observable progress made in settlements with favorable access to regional markets (up to 100 km). Closer proximity between producer and consumer contributes to the strengthening of diverse, family-based agriculture, with an upward valuation of agroecological/organic produce. Contradictions were observed, as cooperatives remain highly dependent on the market for the sale of food. Such dependencies represent a threat to autonomous, diverse production. In the case of the intermediate group, they sell diverse foods yet produce proportionally significant quantities of ?conventional-style? produce, sold primarily in the regional market (up to 100 km). As in the first group, orientation towards the regional market reduces the distance between producers and consumers, strengthens familial productive processes yet entails high dependence on a specific market. Together, these results suggest that there is a need to develop strategies to enhance autonomy of these high and intermediate groups through an emphasis on processing, commercialization, and other means to stimulate productive diversification. Finally, the research identified groups who display ?low? compliance with the agroecological model, and most closely resemble conventional agriculture. Such cooperatives sell a limited number of products, usually of the conventional variety, sold in long distribution channels. While these groups benefit from ongoing sales agreements, they are ultimately restricted due to their dependence on a few buyers. Whilst these commercial circuits contribute to productive specialization, they are incompatible with the agroecological model. en
dc.format.extent 127 p.| il., grafs. pt_BR
dc.language.iso por pt_BR
dc.subject.classification Agroecossistemas pt_BR
dc.subject.classification Agricultura pt_BR
dc.subject.classification Ecologia agricola pt_BR
dc.subject.classification Paraná pt_BR
dc.subject.classification Agricultura familiar pt_BR
dc.subject.classification Paraná pt_BR
dc.subject.classification Alimentos pt_BR
dc.subject.classification Comercialização pt_BR
dc.subject.classification Cooperativas agricolas pt_BR
dc.subject.classification Paraná pt_BR
dc.title Desafios para o desenvolvimento de processos comerciais agroecológicos na rede de cooperativas da reforma agrária do Paraná pt_BR
dc.type Dissertação (Mestrado profissional) pt_BR


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