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Introdução: A escolha do tema deu-se pela observação dos alunos de Odontologia da UFSC, que participam de associações. Considerando a as novas abordagens da Saúde Coletiva e um conceito ampliado de saúde, está a qualidade de vida, compreendida como fundamental para saúde. Baseado no impacto das associações nas pessoas, e na importância das mesmas na garantia da democracia e na qualidade de vida, bem como no meio estudantil e profissional, compreender tal realidade torna-se importante para atuação nas áreas de educação e saúde sobre esta população. Objetivos: Verificar o associativismo entre estudantes do Curso de Graduação em Odontologia na UFSC e sua associação com aspectos da qualidade de vida destes. Metodologia: este foi um estudo descritivo, quantitativo, transversal, com alunos do 1º, 5º, 8º e a 10º semestre, maiores de 18 anos, aplicado em sala de aula, através do termo de consentimento livre e esclarecido, um questionário sobre o perfil estudantil, um questionário validado sobre associativismo e o WHOQOL-Bref, para extração de alguns aspectos da qualidade de vida. A análise estatística foi realizada com o software PSPP, utilizando-se do teste-t independente de Student Resultados: 160 estudantes participaram deste estudo, resultando em uma taxa de resposta de 87,43%. A maioria da população era do sexo feminino (75,63%), com 23 anos, relatando uma renda familiar mensal de 4 a 10 salários mínimos (49,10%) e tendo relatado participar de alguma associação (77,50%), sendo mais comum as associações religiosas, relatadas por 50,31% dos estudantes. O associativismo apresentou associação com melhores médias quanto à percepção da própria qualidade de vida (4,14 em uma escala de 1-5, comparado à 3,86 dos demais estudantes), satisfação com as relações pessoais (3,99, comparado a 3,69) e menor frequência de sentimentos negativos (média de 2,76 comparado à 3,14 dos demais), com p <0,05. Considerações finais: o associativismo entre estudantes de Odontologia está associado à melhor percepção da qualidade de vida, maior satisfação com relações pessoais e menor frequência de sentimentos negativos. A participação em associações democráticas e voluntárias deve ser estimulada pela universidade, visando melhorar aspectos da qualidade de vida dos estudantes e também a relação entre os estudantes e a instituição. |
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