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Os sistemas de criação animal com base agroecológica no Brasil são caracterizados por pequenas propriedades, onde a agricultura familiar é predominante. Nestes sistemas é desejável que a pastagem seja o ingrediente de maior proporção na dieta, contribuindo significativamente para a redução de custos com alimentação, e garantindo a permanência dos produtores na atividade leiteira. Diante disso, este trabalho teve como objetivo caracterizar os sistemas alimentares na produção de leite em UPL com base agroecológica (n=9) e convencionais (n=6) dos municípios de São Domingos, Jupiá e Novo Horizonte do oeste de Santa Catarina, nas estações de verão (fevereiro) e inverno (julho) de 2015. Foram levantados dados sobre média de produção de leite, número de animais em lactação, quantidade de piquetes, área dos piquetes, raça, laudos de qualidade do leite e a quantidade de alimento fornecido no cocho. Os alimentos coletados foram analisados para quantificar os valores de matéria seca, para que fosse possível calcular a quantidade de MS fornecida no cocho e também a quantidade de MS produzida por área das pastagens. Com a utilização do Sistema Viçosa de formulação de rações 2.0, foi possível estimar a ingestão de matéria seca total diária dos animais. Desta forma, foi constatado que há uma variação das dietas quando comparado o sistema agroecológico do convencional. Havendo uma diferença maior na estação de inverno, onde ocorre um aumento do fornecimento de alimentos no cocho, como as forragens conservadas. Porém, notou-se que nas propriedades agroecológicas existe maior diversidade de alimentos fornecidos no cocho no verão e inverno, diferentemente das convencionais. Além disso, no verão o maior fornecimento e disponibilidade de forragens frescas foi nas UPL agroecológicas, indicando que a base da alimentação dos animais é o pasto. Mas a disponibilidade por vaca/dia, em geral foi baixa, sendo mínimo e máximo de 6,4 e 22,5 kg de MS nas agroecológicas e de 3,3 e 9,2 kg de MS nas propriedades convencionais respectivamente na estação de verão. Já no inverno os valores mínimos e máximos foram de 3,8 e 7,8 kg de MS nas agroecológicas e de 1,8 e 10,2 kg de MS nas convencionais respectivamente. Dessa forma, conclui-se que nas propriedades estudadas há necessidade de melhorar o planejamento forrageiro, levando em consideração as peculiaridades de cada UPL e também de cada sistema de produção de leite estudado. |
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