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O Brasil tem grande importância no mercado mundial de pedras preciosas, com destaque para os estados de Minas Gerais, Bahia, Tocantins e Rio Grande do Sul. Dados da CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais) registram a exploração de mais de 100 gemas no território brasileiro, as quais são comercializadas principalmente com a Ásia e a Europa. O Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro onde é encontrada a pedra ágata, muito apreciada internacionalmente por sua beleza e versatilidade, podendo ser usada na fabricação de diferentes artefatos. Salto do Jacuí tem, em seu território, as maiores jazidas de pedra ágata do estado, incluindo a ágata umbu, de incidência única nesta região. Contudo, o município de Salto do Jacuí pouco investiu em aperfeiçoamento técnico, não desenvolvendo novas tecnologias de exploração e não treinando mão-de-obra qualificada, o que não lhe favoreceu no competitivo mercado de mineração. Dessa forma, a matéria prima explorada no município passou a ser comercializada com o município de Soledade, configurando um Arranjo Produtivo Local, o qual, devido à agregação de valor às pedras no segundo município, favoreceu a expansão e internacionalização de suas empresas, atribuindo-lhe destaque nacional no setor de pedras preciosas. Enquanto isso, em Salto do Jacuí não houve a organização do setor nem investimentos em pesquisas de mapeamento de frentes de lavras, somando-se a isto o fato da lentidão no processo de emissão de licenças de exploração do solo e subsolo. Como resultando houve a exploração deinúmeros garimpos clandestinos, o que desencadeou operações da Polícia Federal, resultando no fechamento de muitos destes garimpos. Com estas interdições, uma grande crise econômica assolou o município de Salto do Jacuí, afetando todos os setores e aumentando os índices de desemprego, culminando com considerável aumento nos índices de criminalidade, configurando, assim, um grande problema socioeconômico. |
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