Title: | Remoção de cor e determinação da toxicidade de soluções de corantes têxteis degradados pela enzima Horseradish peroxidase (HRP) |
Author: | Baumer, Janaina Duarte |
Abstract: |
A indústria têxtil é responsável pela geração de grandes quantidades de efluentes, os quais possuem elevada concentração de corantes. Estes corantes, em geral, são de difícil tratamento e, quando lançados no ambiente, podem provocar sérios efeitos adversos. Os sistemas oxidativos, dentre eles os sistemas que utilizam enzimas, vêm sendo muito estudados como alternativa para o tratamento de efluentes têxteis, dada a capacidade de degradação de compostos cromóforos, e por não demandarem insumos químicos de elevado impacto ambiental, quando comparado aos processos tradicionalmente utilizados na indústria têxtil. Entretanto, estudos têm mostrado que alguns processos oxidativos podem gerar compostos mais tóxicos que a espécie química inicial. Neste trabalho, foi estudada a remoção de cor de soluções de corantes têxteis (Azul Turqueza Remazol G, Preto Remazol B133%, Azul Brilhante Remazol, Vermelho Brilhante Remazol 3BS-A 150% e Vermelho CQ4BL) utilizando a enzima Horseradish peroxidase (HRP). Foi avaliada a toxicidade destas soluções de corante antes e após o processo de degradação enzimática, frente aos organismos testes: o microcrustáceo Daphnia magna, a alga Euglena gracilis e a bactéria Vibrio fischeri. A enzima HRP promoveu remoção de cor em 95% das soluções do corante têxtil Azul Brilhante, 90% do Azul Turqueza Remazol G, 87% corante Preto Remazol B133% e apenas 20% do Vermelho CQ4BL. Para o corante Vermelho Brilhante não foi observada nenhuma remoção de cor. A toxicidade aguda de todos os corantes têxteis estudados, frente aos organismos D. magna e V. fischeri, aumentou após o tratamento enzimático. As soluções de corante Azul Brilhante Remazol e Preto Remazol foram as que apresentaram maior toxicidade aguda frente à D. magna (FT 16) e ao V. fischeri, (FT 32) após o tratamento enzimático, respectivamente. No teste de toxicidade com a alga Euglena gracilis o rendimento fotossintético não foi inibido por nenhum dos corantes. Nos testes crônicos utilizando o organismo D. magna, o corante Vermelho CQ4BL foi o único que não alterou a fecundidade do organismo teste.<br> Abstract : The textile industry is responsible for the generation of large amounts of effluent, which have high charge dyes. These dyes are usually difficult to treat and when released into the environment may cause serious adverse effects. The oxidative systems, including systems that use enzymes have been widely studied as an alternative for the treatment of textile effluents, in view of the degradation ability of the chromophores compounds and does not demand it chemical inputs high environmental impact when compared to the processes traditionally used in the textile industry. However, studies have shown that some oxidative processes can generate more toxic compounds that initial chemical species. In this work, the color removal of textile dyes solutions using horseradish peroxidase (HRP) (Remazol Turquoise Blue G - Blue 21, Remazol Black B 133% - Reactive Black 5, Remazol Brilliant Blue - Reactive Blue 19, Remazol Brilliant Red 3BS 150% - Reactive Red 239 and Red CQ4BL - Red 195). The toxicity of such dye solutions was evaluated before and after the enzymatic degradation process to compared to the test organisms: micro crustacean Daphnia magna, the algae Euglena gracilis and bacteria Vibrio fischeri. The HRP enzyme promoted color removal in 95% solutions of the textile Brilliant Blue dye, 90% Remazol Turquoise Blue G, Remazol Black B 133% dye 87% and only 20% Red CQ4BL. For Brilliant Red 3BS 150% dye was not observed any color removal. In all textile dyes were evaluated studied the acute toxicity of indicator organisms, D. magna and V. fischeri which were observed in the increased toxicity after enzymatic treatment. The Remazol Brilliant Blue dye solutions and the Remazol Black B 133%, showed the highest toxicity against organism D. magna (16 FT) and V. fischeri, (FT 32) after enzymatic treatment, respectively. In toxicity tests with algaeEuglena gracilis photosynthetic yield was not inhibited by any of the dyes. In chronic tests using the D. magna, the dye Red CQ4BL was the only one that did not affect the fertility of the test organism. |
Description: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química, Florianópolis, 2015. |
URI: | https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/169456 |
Date: | 2015 |
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