Abstract:
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Com o aumento da população idosa e da expectativa de vida faz-se necessário ampliar o conhecimento sobre como a dor afeta os idosos. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi analisar as características da dor crônica, cognição, capacidade funcional, sintomas depressivos e qualidade de vida em idosos institucionalizados e não institucionalizados, bem como analisar as relações entre esses desfechos comparando os idosos de acordo com o local de residência. Inicialmente foram avaliados 45 idosos, destes 15 atenderam aos critérios de inclusão (presença de dor crônica e não apresentar alteração cognitiva). Após seleção os idosos foram divididos em dois grupos: G1 (n=10): idosos não institucionalizados e G2 (n=5): idosos institucionalizados. Os idosos foram avaliados por meio de questionário que continha dados pessoais e características da dor crônica, escala numérica visual da dor, Mini-Exame do Estado Mental, questionário de incapacidade de Roland Morris, escala de atividades instrumentais de vida diária de Lawton e Brody, escala de Depressão Geriátrica e questionário de qualidade de vida SF-36. Para análise dos dados foi utilizada a estatística descritiva (média, desvio padrão e percentual) e diferença entre grupos por meio do teste t de Student (p<0,05). Os resultados evidenciaram que a dor crônica foi mais prevalente na coluna lombar, com média intensidade da dor no G1 (6,8±2,82) e G2 (4,2±2,17). Quando os grupos foram comparados, o G2 apresentou pontuações menores na avaliação cognitiva (valor G2 vs. valor G1), menor desempenho de atividades diárias (valor G2 vs. valor G1) e maior incidência de sintomas de depressão (valor G2 vs. valor G1). Não houve diferença na qualidade de vida (valor G2 vs. valor G1, p > 0,05). Em conclusão, a percepção da intensidade da dor crônica foi menor em idosos institucionalizados, refletindo a pior condição cognitiva, menor desempenho funcional e maior incidência de sintomas depressivos |