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A humanização da assistência à saúde é uma demanda atual e crescente no contexto brasileiro, sendo um processo amplo, demorado e complexo por se pautar na integralidade da assistência e na qualidade do cuidado. No entanto, na prática ela não tem se concretizado nos serviços de saúde. O presente trabalho teve como objetivo estudar como o atendimento humanizado interfere na qualidade da assistência e no processo de cuidar, ao discutir o papel da humanização no cuidado em saúde. Para o desenvolvimento deste trabalho partiu-se do pressuposto de que a humanização, desde os anos 50 até os dias atuais é destaque e que vários atores no cenário da saúde são co-responsáveis por esta prática, atualmente muito ligadas à linha do Cuidado e necessária a efetivação de uma prática pautada na assistência humanizada e na qualidade do cuidado. Foi feito um passeio literário ao longo das décadas de 50 a 80 e da década de oitenta aos dias atuais, com a intenção de vislumbrar o contexto em que se inseriu a temática ao longo dos anos. O estudo caracterizou-se por uma revisão de literatura tendo como base os bancos de dados virtuais, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Bireme, Scielo, pelo acesso as bases eletrônicas de dados LILACS (Literatura Latino- Americana em Ciências e Saúde), além da Constituição Federal de 1988 e Lei 8.080, durante os meses de fevereiro e março de 2014. As informações recolhidas pela pesquisa foram analisadas atenciosamente nas leituras para uma discussão clara sobre humanização. Verificou-se que a falta de interesse dos gestores, a falta de qualificação e compromisso profissional, a aceitação e o entendimento da política de humanização, a falta de comunicação em saúde, à alta demanda nas unidades de saúde, a infra-estrutura deficitária, a utilização equivocada das tecnologias da saúde, a falta de envolvimento dos usuários nas decisões sobre sua saúde, a falta da escuta qualificada e a falta de articulação entre os sujeitos envolvidos no processo de humanização, comprometem diretamente a implantação e manutenção da Política de Humanização no Estado e no Município de Salvador. Conclui-se que a humanização ao longo dos anos mudou conceitualmente, tendo nessa mudança papel importante ao repensar as práticas de saúde com a finalidade de melhorar as ações de assistência e a qualidade do cuidado, aliada a forte ferramenta que é a linha do cuidado. Destaca-se aqui que existem bases literárias consideradas suficientes para o conhecimento e a prática da humanização. |
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