"Eu aborto, tu abortas, somos todas clandestinas" mídia e aborto: uma perspectiva do feminismo decolonial

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"Eu aborto, tu abortas, somos todas clandestinas" mídia e aborto: uma perspectiva do feminismo decolonial

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Zucco, Luciana Patrícia
dc.contributor.author Gomes, Fernanda Marcela Torrentes
dc.date.accessioned 2018-07-12T04:03:29Z
dc.date.available 2018-07-12T04:03:29Z
dc.date.issued 2017
dc.identifier.other 353647
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/188077
dc.description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Florianópolis, 2017.
dc.description.abstract Esta dissertação discute sobre o aborto em dois veículos de comunicação: Portal Geledés e jornal Folha de São Paulo. A partir do feminismo decolonial, investigou-se a maneira como o tema é abordado pelas duas mídias, suas particularidades, aproximações e contrastes. Considerou-se, ainda, a miríade de elementos e de entrelaçamentos de realidades projetadas nas notícias, e que contribuem para criar narrativas sobre a temática e identidades às mulheres envolvidas. Para tanto, tomou-se como centralidade analítica os marcadores de raça, classe e gênero. Um breve resgate histórico da teoria política feminista, do desenvolvimento das mídias e da construção das notícias jornalísticas situaram a discussão. A pesquisa teve como marco temporal o período em que o deputado Marco Feliciano esteve na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (7 de março de 2013 a 26 de fevereiro de 2014), sendo os dados organizados mediante a análise de conteúdo. Os principais resultados apontaram que o debate sobre o aborto no Boletim Geledés e na Folha tem cor, protagonistas, posições políticas e um olhar genderificado . No geral, as matérias veiculam um conteúdo sobre pessoas brancas , havendo, mesmo no Portal Geledés, uma secundarização, quando não uma ausência , da realidade das mulheres não brancas, que são as mais vulneráveis pelos indicadores de saúde. De certo modo, há uma reatualização do contra e do a favor , com narrativas mais contundentes e a partir de outras estratégias, que não se limitam às dicotomias. Estas revisitam os argumentos cristãos e científicos, este último figurando na Folha como residual e situado no campo da saúde pública, sendo proferido por profissionais masculinos. Se na Folha essa polaridade se apresenta, em Geledés, o discurso volta-se para o campo dos direitos sexuais e reprodutivos, feito por mulheres militantes. Considerou-se que a religiosidade cristã e a colonialidade do saber são elementos significativos no processo de construção de notícias relacionadas ao aborto, o que evidencia a maneira como o fenômeno é abordado em nosso contexto atual. Aparentemente, os resultados apontam para a veiculação de conteúdos polarizados, no entanto, as imbricações e reproduções de valores instituídos estão nas notícias tanto de Geledés quanto da Folha, o que acaba por encobrir a complexidade do fenômeno do aborto em seus contextos brasileiro e latino-americano. Em suma, as notícias carecem de situar as mulheres que habitam os discursos relacionados ao tema, não somente pela subjetividade dessas sujeitas, mas também pelas múltiplas dimensões do contexto que estas se inserem.
dc.format.extent 229 p.| il.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Serviço social
dc.subject.classification Aborto
dc.subject.classification Feminismo
dc.title "Eu aborto, tu abortas, somos todas clandestinas" mídia e aborto: uma perspectiva do feminismo decolonial
dc.type Dissertação (Mestrado)


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