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Analisando o contexto, podemos observar, em relação à tradução de música para a Língua Brasileira de Sinais, Tradutores Intérpretes de Língua de Sinais que defendem e se dedicam a esse trabalho. Por outro lado, há aqueles profissionais que não têm o mesmo perfil e, em algum momento, se deparam com a necessidade de realizar essa modalidade de trabalho, contudo, não o sabem fazer ou não se dedicam a estudar, por preconceito de que isso não está de acordo com a cultura surda, realizando, assim, um pré-julgamento do que é proveitoso ou não para o sujeito surdo. Muitas vezes, encontramos surdos que se dedicam a traduzir músicas e até mesmo participam de aulas de músicas. Há também os surdos que não entendem o significado, geralmente, por não demonstrarem interesse ou por não terem recebido da forma que lhe causassem apreciação, relatando que a música não faz parte de sua cultura. Diante desta problemática é levantada uma pesquisa de escolhas tradutórias que surdos e ouvintes realizaram mediante uma canção, bem como um questionário, a fim de apontar as dificuldades encontradas por ambos nesse processo tradutório. Uma análise dos dados obtidos irá nos mostrar como os tradutores desta modalidade podem se dedicar a estudar a música e seu contexto histórico, incorporar sinais e ir além de uma teoria, transmitindo a música em seu sentido real e completo, com o objetivo de que o sujeito surdo sinta-se confortável, informado, e por que não dizer “tocado” pela essência e pela emoção que a música transmite. O sujeito surdo, obtendo informações completas podem apreciar, conhecer e admirar outras culturas e contextos históricos sem que se sintam pressionados pelos ouvintes. |
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