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O gênero Pinus vem sendo plantado no Brasil há mais de um século. A espécie mais plantada do gênero é o Pinus taeda, concentrando-se a maioria dos plantios na região sul do Brasil. Nos ecossistemas florestais são diversos os aspectos ecológicos que ainda precisam ser estudados, tais como a ciclagem de nutrientes, que é influenciada pela deposição e decomposição da serrapilheira. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a dinâmica de decomposição da serapilheira e a influência da macro e mesofauna edáfica para este processo em plantios de Pinus taeda. O trabalho foi realizado em um plantio comercial de uma empresa privada, no município de Curitibanos, SC, onde foram implementadas três parcelas de 10 x 30 m, distribuídas no plantio a uma distância de 10 m entre elas. A decomposição da serrapilheira foi avaliada pelo método de bolsas de decomposição (litter bags), com dois tipos de malhas de nylon, sendo uma de malha fina (0,06 mm) e uma de malha grossa (2 mm), excluindo ou incluindo a participação da fauna do solo, respectivamente. Para compor as bolsas, utilizou-se 5 gramas de acículas (peso seco) para cada bolsa. As bolsas foram dispostas em linhas, ficando expostas por um período de 365 dias, com retiradas a campo aos 60, 180, 240, 300 e 365 dias. Em cada época de amostragem, 5 bolsas de cada malha foram retiradas por parcela. Além disso, em cada parcela avaliou-se a atividade alimentar da fauna do solo, utilizando-se o método bait-lamina, com isca composta de 70% celulose, 27% farinha de trigo e 3% carvão ativado, expostas por 30 dias em cada avaliação. As avaliações ocorreram nas 4 estações do ano, expondo as lâminas no sentido horizontal para avaliar a atividade na superfície do solo junto à serrapilheira. A decomposição das acículas foi significativamente maior nas bolsas com maior abertura de malha durante os períodos de 60 a 300 dias. Entretanto, no último período avaliado, as bolsas de malha fina apresentam uma porcentagem menor de massa remanescente. Apesar das diferenças apresentadas em diferentes momentos de avaliação entre as bolsas de malha fina e malha grossa, em termos ecológicos não parece haver diferença, uma vez que se considerarmos o tempo para a decomposição de 95% do material, esse tempo foi estimado em 1810 dias para as bolsas de malha fina e 1937 dias para as bolsas de malha grossa, excluindo e permitindo a entrada da fauna, respectivamente. Os resultados corroboraram o que já apontaram outros estudos sobre a decomposição das acículas de pinus, indicando que o processo é em grande parte devido à ação de microrganismos e com menor participação dos invertebrados edáficos. O tempo de exposição utilizado para os bait-lamina foi suficiente para detectar diferença entre as estações do ano e indicou maior atividade da fauna no verão. O presente trabalho traz uma contribuição para o entendimento do processo de decomposição da serrapilheira em povoamento de P. taeda na mesorregião serrana de Santa Catarina, e sobre a participação da fauna edáfica sobre esse processo. |
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