Abstract:
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Nos anos 1920, em relação à inovação no setor educacional, no Brasil, ocorreu o início do Movimento da Escola Nova que objetivou a reconstrução da educação nacional. Nesse período, defendia-se um ensino com metodologias que dessem ao aluno liberdade para criar, observar e refletir e que estivessem voltadas à uma ação educacional de ordem social e cultural. A centralidade do ensino passou para o aluno, e o professor seria um facilitador da aprendizagem. As propostas reformistas desse movimento foram difundidas em todas as esferas educacionais, por meio dos programas de ensino, manuais de didática, periódicos pedagógicos e impressos de leitura, dentre outros. Entende-se, assim, que tenham atingido os cursos de formação dos professores primários realizados nas Escolas Normais. Desse modo, buscouse neste estudo responder a uma questão: como se configuraram os programas da Escola Normal para o ensino de Aritmética, Geometria e Álgebra no período de 1910 a 1945, um momento significativo para a educação brasileira? Para responder a essa questão, este estudo teve por objetivo investigar apropriações das propostas reformistas do Movimento da Escola Nova para o ensino de Aritmética, Geometria e Álgebra, nos programas de ensino da Escola Normal, publicados em diferentes estados brasileiros, no período 1910-1945. Como aportes teórico-metodológicos, recorreu-se aos estudos de Valente (2014), Chervel (1990), Chartier (1991), Goodson (1997), dentre outros. Esta pesquisa permite afirmar que os programas de ensino da Escola Normal analisados, publicados nesse período em estudo nos diferentes estados brasileiros, prescreveram conteúdos de Aritmética, Álgebra e Geometria e sugeriram metodologias de ensino para a formação dos normalistas. São saberes a ensinar e para ensinar matemática que direcionariam a atuação desses futuros professores no curso primário, apropriações das propostas reformistas da Escola Nova. |