Title: | Respostas de dano muscular em praticantes de treinamento de força: efeito do uso do anticoncepcional |
Author: | Sousa, Manoela Vieira |
Abstract: |
As respostas de dano muscular ao exercícios pode ser considerado uma fator importante para potencializar o treinamento. A prática de exercício físico por mulheres vem aumentando de maneira expressiva nas últimas décadas, assim, faz-se necessário entender as individualidades fisiológicas envolvidas no organismo feminino em resposta ao treinamento. Desse modo, o objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos do uso do anticoncepcional oral nas respostas de indução ao dano muscular em mulheres praticantes de treinamento de força. Participaram 26 mulheres praticantes de treinamento de força, divididas em dois grupos (controle e anticoncepcional). Todas as participantes foram avaliadas nas fases folicular e lútea, além de 24h e 48h conforme o protocolo. Primeiramente, foram realizadas duas contrações voluntárias isométricas máximas (CVIM), após, seguido de um protocolo de uma série com cinco contrações concêntrico-excêntricas para extensores do joelho, em seguida, foi realizado o protocolo de indução ao dano muscular de três séries de 30 contrações máximas concêntrico-excêntricas de extensores de joelho. Logo em seguida, novamente, duas CVIM e cinco contrações concêntrico-excêntricas. Nos intervalos de 24h e 48h após o protocolo de indução ao dano muscular foram realizadas: duas CVIM e uma série com cinco contrações concêntrico-excêntricas, além de serem aplicados o recordatório alimentar e as escalas de percepção (EVA, PSR). Utilizou-se Anova modelo misto para a comparação das variáveis e, no caso de haver diferença, o teste post hoc de Bonferroni foi utilizado. Foi encontrada diferença significativa no trabalho concêntrico no momento PRÉ, independente do grupo, houve uma maior produção de trabalho concêntrico na fase lútea (p = 0,01). Para o protocolo de indução ao dano muscular, foram encontradas diferenças significativas no torque excêntrico. O grupo anticoncepcional produziu um torque maior, na 1ª e na 2ª série, na fase folicular (p = 0,03) (p = 0,04). O trabalho excêntrico foi maior para o grupo anticoncepcional na fase folicular, na 1ª série (p=0,03). Para a percepção de recuperação, primeiramente o grupo controle teve a percepção de estar mais recuperada 24h após, em comparação ao tempo 48 (p = 0,02). Outra interação entre os grupos e os tempos, ou seja, no tempo 48h, o grupo anticoncepcional tinha a percepção de estar mais recuperada do que o grupo controle (p = 0,01). De modo geral, pode-se concluir que, durante o protocolo de indução ao dano muscular, as mulheres que faziam uso de anticoncepcional oral produziram mais torque e trabalho excêntrico durante a fase folicular, e 48h após, tinham a percepção de estarem mais recuperadas, quando comparadas ao grupo controle. Abstract : The responses of muscle damage to the exercises can be considered an important factor to potentiate the training. The practice of physical exercise by women has been increasing significantly in recent decades, so it is necessary to understand the physiological individualities involved in the female organism in response to training. Thus, the objective of this study was to evaluate the effects of oral contraceptive use on exercise-induced muscle damage in women practicing strength training. Twenty-six women practicing strength training were divided into two groups (control and contraceptive). All participants were evaluated in the follicular and luteal phases, in addition to 24h and 48h according to the protocol. Firstly, two maximal isometric voluntary contractions (MVIC) were performed, followed by a protocol of a series with five concentric-eccentric contractions for knee extensors, followed by the protocol of muscle injury induction of three sets of 30 maximum concentric-eccentric contractions of knee extensors. Soon thereafter, again, two CVIM and five concentric-eccentric contractions. In the 24h and 48h intervals after the exercise-induced muscle damage, two MVIC and a series with five concentric-eccentric contractions were performed, in addition to the food recall and the perceptual scales (VAS, PRS). ANOVA between factors was used for compare the variables and if there was a difference, the Bonferroni post hoc test was used. A significant difference was found in the concentric work at the PRÉ moment, independent of the group, there was a greater production of concentric work in the luteal phase (p = 0.01). For the exercise-induced muscle damage, significant differences were found in the eccentric torque. The contraceptive group produced higher torque, in the first and second series, in the follicular phase (p = 0.03) (p = 0.04). The eccentric work was higher for the contraceptive group in the follicular phase, in the first series (p = 0.03). For perception of recovery, the control group first had the perception of being more recovered 24 hours later, compared to time 48 (p = 0.02). Another interaction between groups and times, that is, at 48h, the contraceptive group had the perception of being more recovered than the control group (p = 0.01). In general, we concluded that, during the exercise-induced muscle damage, women who used oral contraceptives produced more torque and eccentric work during the follicular phase, and 48 hours later, they had the perception of being more recovered, when compared to the control group. |
Description: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2018. |
URI: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/189454 |
Date: | 2018 |
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PGEF0496-D.pdf | 1.843Mb |
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