Abstract:
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O presente estudo visou verificar os motivos que levam as acadêmicas que representam a UFSC em competições universitárias a treinar regularmente modalidades esportivas coletivas. Utilizou-se como instrumento a Escala de Motivos para Prática Esportiva (EMPE), validada no Brasil por Barroso (2007). Participaram desta pesquisa 47 universitárias frequentando regularmente os treinamentos das modalidades de basquetebol, futsal, voleibol e handebol no primeiro semestre de 2011, com faixa etária de 22,19 ± 3,43 anos e tempo de prática de 9±3,86 anos. Encontrou-se “Saúde” como principal fator motivacional do grupo com média 8,41 ± 1,59, seguido por “Condicionamento Físico” (8,28 ± 1,52) e “Liberação de Energia” (8,02 ± 1,46). Relacionado à motivação específica das modalidades, identificou-se para o Futsal e Voleibol o fator “Saúde”, para o Basquetebol, “Afiliação”, “Condicionamento Físico” e “Saúde” e para o Handebol, “Condicionamento Físico”, todos eles considerados muito importantes na classificação da EMPE. “Status” e “Contexto” apresentaram os menores índices em todas as modalidades. Não foram encontradas diferenças significativas entre os fatores motivacionais conforme modalidade, faixa etária e tempo de prática. Comparando aos resultados obtidos em 2007, aponta-se para a possível mudança da linha de concepção de treinamento das atletas em questão onde o grupo apresenta-se mais homogêneo. Entretanto, esta homogeneidade está constituída principalmente por aspectos motivacionais de caráter individualista. Os resultados podem indicar também a caracterização do esporte de participação no grupo, além da possível afirmação de pesquisas no que diz respeito à motivação pela competição nos homens e, nas mulheres, pela realização da tarefa devido, entre outros fatores, à manutenção dos valores inferiores dados a “Status” e “Contexto”, diminuição da motivação pelo “Aperfeiçoamento Técnico” e estabilidade do grau de importância da “Atividade em Grupo ou Afiliação”. Espera-se que esta pesquisa sirva de instrumento aos treinadores e à DAEU/UFSC para desenvolvimento de projetos de acordo com o perfil dos atletas e das modalidades. Recomenda-se, para futuros estudos, a ampliação do público pesquisado a fim de possibilitar novos estudos estatísticos, bem como a aplicação da EMPE junto a atletas de universidades particulares e de outras instituições públicas de ensino superior, não somente de Santa Catarina como de outros estados |