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Lemnas são macrófitas aquáticas, comumente utilizadas no tratamento de efluentes, que apresentam uma biomassa passível de valorização. Isso ocorre devido a diversos motivos, tais como: presença na maior parte do globo terrestre; elevada velocidade de crescimento; remoção eficiente de nutrientes; possível teor elevado de proteínas, ou mesmo de amido através de processo indutivo; entre outros. Nesse contexto, as lemnas têm despertado interesse em particular para a produção de bioetanol de primeira geração, devido um possível enriquecimento de amido anterior à hidrólise e fermentação. Nesse ínterim, o objetivo deste estudo é avaliar o efeito de elevadas concentrações de CO2 no acúmulo de amido em lemnas (Landoltia punctata), visando à produção de bioetanol. Para isso, foram disponibilizados às lemnas concentrações de CO2 = 400 ppm (A) e ≥ 6.000 ppm (B) – em reatores de 3,1 L, com 0,5 L de meio de cultura, construídos em escala de bancada. A biomassa exposta a elevadas concentrações de CO2 (situação B) obteve um teor de amido em média quatro vezes superior do que as expostas às condições atmosféricas (situação A) (10,2% e 2,6% p/p base seca, respectivamente). O valor máximo de amido foi de 14,9% (p/p base seca) para condições enriquecidas de CO2. Além disso, essa biomassa (B) exibiu uma Velocidade de Crescimento Relativa (VCR), em média, três vezes superior do que A (9,0 g.m-2.dia-1 em relação a 3,0 g.m-2.dia-1), sendo 11,4 g.m-2.dia-1 o maior valor registrado. Ademais, a situação B promoveu certas alterações na morfologia das lemnas, aumentando três vezes o tamanho de suas raízes em relação à situação A. O destaque deste estudo foi o acúmulo de amido, realizado através da técnica de enriquecimento de CO2 concomitante com uma velocidade de crescimento maior, favorecendo haver uma produtividade superior de bioetanol. A técnica igualmente contribuiu na valorização do tratamento de efluentes por lagoas de lemnas. |
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