Abstract:
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Partindo de uma análise crítica do desenvolvimento da educação brasileira, sobre o papel da escola, sobretudo, da geografia, o trabalho apresenta reflexão cerca de metodologias que buscam aliar os conteúdos escolares com a formação de estudantes como cidadãos conscientes e críticos, abrindo a possibilidade para que compreendam o espaço pela sua estrutura, forma, espaço e função e que enxerguem a paisagem não só pelos seus elementos, mas por sua complexidade de expressar. O texto se divide em três partes onde a primeira, faz uma breve análise do desenvolvimento da Geografia, desde quando começou a se entender enquanto ciência e quem/quais foram os principais pensadores dessa ciência, além de como essa Geografia chegou ao Brasil. Em um segundo momento, destaca-se a questão da organização das políticas educacionais, através de uma retrospectiva, e a partir desta, uma análise, sobre as diretrizes educacionais brasileiras e como a Geografia se organizava. A terceira parte do trabalho é baseada nas reflexões e considerações da análise citada, como, por exemplo, a necessária e urgente mudança de perspectiva do ensino da Geografia escolar. Esquecer estudantes como meros receptores das informações e entender eles como estudantes investigadores, autônomos, autores da própria história. É nesse sentido que esse trabalho propõe expor a metodologia de projetos de aprendizagem que dialoguem com uma educação emancipatória direcionado ao estudo que proporcione a pesquisa científica e o trabalho de campo - desenvolvendo um olhar crítico para o território - trabalhado dentro da sala de aula. São apresentadas metodologias com propostas de rompimento às práticas de um ensino tradicionalista. As metodologias modificam a dinâmica e perspectiva sobre a escola e o ensinar, formando novos conhecimentos relacionados aos próprios conhecimentos empíricos dos estudantes, resultando assim em um enriquecimento do pensamento crítico e o interesse do estudante como cidadão e pela cidadania, pela participação pública. A reflexão sob os projetos vem no sentindo de materializar essa perspectiva de mudança no ensino, mostrando as possibilidades no cotidiano escolar. A apresentação dos projetos é através de entrevista com professores e leitura de artigos para aprofundamento científico dos procedimentos. Além disso, outro aspecto importante que deve ser ressaltado sobre a análise dos projetos, é a experiência da autora vivenciada pelo PIBID (Programa de Bolsas de Iniciação à Docência) em Geografia da UFSC desenvolvido nos anos de 2015 à 2017 no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina. |