Associação entre os sintomas depressivos e o perfil inflamatório em indivíduos com sobrepeso e obesidade

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Associação entre os sintomas depressivos e o perfil inflamatório em indivíduos com sobrepeso e obesidade

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Kaster, Manuella Pinto
dc.contributor.author Zanoni, Gabriela Ambrósio
dc.date.accessioned 2019-03-23T04:01:54Z
dc.date.available 2019-03-23T04:01:54Z
dc.date.issued 2018
dc.identifier.other 355691
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/193968
dc.description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Bioquímica, Florianópolis, 2018.
dc.description.abstract No presente trabalho avaliamos a relação entre inflamação periférica, sintomas depressivos e sobrepeso/obesidade por meio de uma amostra de 36 indivíduos atendidos em um consultório de nutrição da cidade de Garopaba, SC e também pela a elaboração de uma revisão de literatura. A revisão incluí dados clínicos de 16 estudos transversais e 6 estudos longitudinais. Entre os estudos transversais, 7 estudos (total de 9.421 indivíduos), apontaram o índice de massa corporal (IMC) como o principal fator associado à inflamação. No entanto, em 4 estudos (total de 16.837 indivíduos), os níveis de proteína-C-reativa (PCR) permaneceram associados aos sintomas de depressão após a correção pelo IMC. Além disso, outros 5 estudos (total de 5.569 indivíduos), não encontraram associação entre depressão e inflamação periférica. Nos estudos longitudinais, as alterações no IMC foram associadas a uma redução nos sintomas depressivos após cirurgia bariátrica ou dieta. Em 4 estudos longitudinais, níveis elevados de PCR foram associados aos sintomas depressivos mesmo após ajuste pelo IMC e perda de peso. Com relação ao nosso trabalho, a amostra foi composta por 36 indivíduos, 14 eutróficos (38,8%) e 22 com sobrepeso/obesidade (IMC?25, 61,2%). Quando comparados aos eutróficos, os indivíduos com sobrepeso/obesidade apresentaram menores níveis de cortisol matinal (19,65±6,44 vs 14,73±5,92 p=0,025), maiores níveis de PCR (1,25±1,85 vs 3,50±5,26 p=0,022), insulina (4,99±2,41 vs 8,55±3,31 p=0,001) e maiores índices HOMA IR (0,63±0,29 vs 1,09±0,41 p=0,001) e HOMA B (39,07±34,49 vs 112,56±33,67 p=0,005). O IMC foi diretamente correlacionado com os níveis de PCR (r=0,322, p=0,05) e inverssamente correlacionado com os níveis de cortisol (r=-0,335, p=0,046). Contudo, não encontramos diferenças entre os escores do Inventário Beck de Depressão (BDI) entre indivíduos eutróficos e com sobrepeso/obesidade (9,21±6,47 vs 10,09±5,17 p=0,650) e não observamos correlação entre IMC e os escores de depressão (r=0,206, p=0,227). Apesar dos baixos escores na ecala BDI (média da população de 9,65±5,63, sendo escores maiores de 13 indicativos de depressão), observamos uma correlação positiva entre os sintomas depressivos e níveis de PCR (r=0,370, p=0,026). Além disso, quando analisamos a razão cortisol/PCR, uma correlação inversa foi observada com os escores do BDI (r=-0,035, p=0,026), e com o IMC (r=-0,063, p=0,006), mesmo depois do ajuste pelas variáveis confundidoras. Não observamos diferenças nos indivíduos eutróficos e com sobrepeso/obesidade nos escores de ansiedade avaliados pela escala IDATE estado (42,43±4,65 vs 45,64±5,61 p=0,084) e IDATE traço (43,29±3,97 vs 47,91±10,09 p=0,113) ou uma correlação entre os escores de ansiedade e os níveis de cortisol, PCR e razão cortisol/PCR. Assim, podemos concluir que existe uma associação entre inflamação periférica, IMC e sintomas depressivos. Na literatura existe uma grande heterogeneidade entre os estudos clínicos, o que evidencia a necessidade de padronização das escalas para avaliação comportamental, utilização de medidas como a composição corporal e avaliação de um perfil inflamatório mais completo. No presente estudo, apesar do IMC não ter sido correlacionado com os sintomas de depressão, tanto o IMC quanto os escores do BDI foram associados com níveis maiores de PCR e com uma redução da razão cortisol/PCR, sugerindo que a razão cortisol/PCR pode ser uma abordagem alternativa para avaliar a desregulação endócrina e imune em indivíduos com depressão e obesidade ou sobrepeso.
dc.description.abstract Abstract : The present study evaluated the relationship between peripheral inflammation, symptoms of depression and overweight/obesity in sample of 36 individuals which attended a nutrition clinic in the city of Garopaba, SC and in a review of the literature. Clinical data from 16 cross-sectional studies and 6 longitudinal studies were included. Among the cross-sectional studies, 7 (total of 9,421 individuals) reported body mass index (BMI) as the main factor associated with inflammation. However, in 4 studies (total of 16,837 individuals), C-reactive protein (CRP) levels remained associated with depressive symptoms after correction for BMI. In addition, 5 other studies (total of 5,569 individuals) found no association between depression and peripheral inflammation. In longitudinal studies, changes in BMI were associated with a reduction in depressive symptoms after bariatric surgery or diet. In 4 longitudinal studies, elevated CRP levels were associated with depressive symptoms even after adjustment for BMI and weight loss. Our epidemiologic data consisted in a sample of 36 individuals, 14 eutrophic (38.8%) and 22 overweight/obese (BMI =25, 61.2%). When compared to eutrophic individuals, overweight/obese individuals had lower levels of morning cortisol (19.65 ± 6.44 vs 14.73 ± 5.92 p = 0.025), higher levels of CRP (1.25 ± 1.85 vs 3.50 ± 5.26 p = 0.022), insulin (4.99 ± 2.41 vs 8.55 ± 3.31 p = 0.001) and higher HOMA IR (0.63 ± 0.29 vs 1,09 ± 0.41 p = 0.001) and HOMA B index (39.07 ± 34.49 vs. 112.56 ± 33.67 p = 0.005). BMI was directly correlated with CRP levels (r = 0.322, p = 0.05) and inversely correlated with cortisol levels (r = -0.335, p = 0.046). However, no differences were found in Beck Depression Inventory (BDI) scores between eutrophic and overweight/obese subjects (9.21 ± 6.47 vs 10.09 ± 5.17 p = 0.650) and no correlation was observed between BMI and BDI scores (r = 0.206, p = 0.227). Despite the low BDI scores in our population (mean 9.65 ± 5.63, with scores higher than 13 being indicative of depression), we observed a positive correlation with between BDI scores and CRP levels (r = 0.370, p = 0.026). In addition, the cortisol/CRP ratio was inverselly correlated with BDI scores (r = -0.035, p = 0.026), and with BMI (r = -0.063, p = 0.006), even after adjustment by confounding variables. No differences were found in the eutrophic and overweight/obese individuals in the anxiety scores in the IDATE state (42.43 ± 4.65 vs 45.64 ± 5.61 p = 0.084) and IDATE trait intruments (43.29 ± 3, 97 vs 47.91 ± 10.09 p = 0.113). Additionally, no correlation was found between anxiety scores and cortisol levels, CRP levels or cortisol/CRP ratio. Thus, despite the high heterogeneity among clinical tudies, we can conclude that there is an association between peripheral inflammation, BMI and depressive symptoms. In the present study, although BMI was not correlated with the symptoms of depression, both BMI and BDI scores were associated with higher CRP levels and a reduction in the cortisol/CRP ratio. These results suggest that the cortisol/CRP ratio might be an alternative approach to evaluate endocrine and immune dysregulation in individuals with depression and obesity or overweight. en
dc.format.extent 98 p.| il.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Bioquímica
dc.subject.classification Depressão mental
dc.subject.classification Inflamação
dc.subject.classification Obesidade
dc.subject.classification Sobrepeso
dc.title Associação entre os sintomas depressivos e o perfil inflamatório em indivíduos com sobrepeso e obesidade
dc.type Dissertação (Mestrado)


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