Practice teaching as a tool to promote concept development: a sociocultural study

Abstract

Abstract : The present research aims at investigating the extent to which the practice teaching may be a tool to promote concept development. Research evidence indicates that concept development may be triggered by a conflict between one s everyday concepts (informed by practice and empirical knowledge) and the scientific concepts (informed by theory) to be presented in formal educational contexts. In the case of this context of investigation, examples of concepts in conflicts concerns the future-teachers verbalizations and pedagogical practices of Language as social practice and English language teaching during their practice teaching. In this sense, three future-teachers, from the Letras¬ English undergraduate program, are accompanied along one-academic year by the university supervising professors and a school teacher and also researcher during their practice teaching at a federal public school in South of Brazil. During the process, they engage in activities designed to trace their initial conceptions of Language as social practice and English language teaching (by means of a memoir and a questionnaire). Then, I observe how their conceptualizations are verbalized in their language use throughout the period of data collection (classroom observation reports, group meetings, one-teaching class, an intervention meeting, individual meetings and a final group meeting). Finally, the extent to which their reconceptualizations change in their performance (lesson plans, teaching, critical teaching reports, recall sessions and final report) are also analyzed. The findings demonstrate that their first conceptualizations may be interpreted as pseudoconcept of Language as social practice as they externalize the importance of presenting socially relevant topics in broad terms, highlight the importance of doing things with the language, but misidentify it as the same as Critical pedagogy. English language teaching is somehow aligned with the sociocultural perspective despite their inability to explain the jargons used. Their initial conceptions also present strong evidence of influence from their apprenticeship of observation which is learning resulted from their experiences as learners. Then, during the verbalizations of their conceptualizations along the year, the differences in the future-teachers cognitive development become evident. Content analysis of the interactions among the parties involved in the study indicate that the participants are able to reflect about the concepts albeit not being close to reaching a conceptual thinking level yet. At this point, it is possible to identify the influence from not only their apprenticeship of observation but also from their agency in the process as they actively engage or resist to the situations presented. Also, individual differences in their cognitive development yielded different results concerning the conflicts between their verbalizations and practices. Finally, the analysis also indicates that the future-teachers are able to develop projects that stem from a language as social practice perspective, but have difficulty in promoting discussions that foster the use of the target language, or develop linguistic aspects pertinent to the topics being studied. In what concerns English language teaching, their apprenticeship of observation and agency seem to still have exerted some influence on participants planning and practice. In general lines, the results suggest participants cognitive development. For this reason, this piece of research claims that robust teacher education tailored programs and joint practices between the teacher educators (university supervisors and school teachers) may shed some lights on cognitive and professional development practices. Therefore, there might be more opportunities to move the future-teachers beyond their experiential knowledge towards conceptual thinking.

A presente pesquisa tem por objetivo investigar em que medida o estágio curricular obrigatório pode ser um instrumento para promover o desenvolvimento de conceitos. Evidências de pesquisas já realizadas indicam que o desenvolvimento de conceitos pode ser impulsionado pelo conflito entre os conceitos cotidianos (que são formados pelo conhecimento prático e de mundo) e conceitos científicos (informados pela teoria) que são apresentados em contextos educacionais. No caso do presente contexto de investigação, exemplos de conceitos em conflitos concernem as verbalizações e práticas pedagógicas de futuros professores no que tange língua enquanto prática social e ensino da língua inglesa durante a realização de seus estágios supervisionados. Nesse sentido, três futuros professores, do curso de Letras Inglês, são acompanhados ao longo de um ano pelos professores supervisores do estágio e pela professora da escola que também é a pesquisadora propondo este estudo durante a realização de seus estágios supervisionados em uma escola pública federal no sul do Brasil. Durante esse processo, os futuros professores participam de atividades desenvolvidas para traçar suas concepções iniciais de língua enquanto prática social e ensino da língua inglesa (através de um memorial e de um questionário). Em seguida, são observados como as suas conceitualizações são verbalizadas através do uso da linguagem no período em que os dados foram coletados (através de relatórios de observação de aulas, reuniões em grupo, aula ministrada, reunião de intervenção, reuniões individuais e reunião final em grupo). Finalmente, a mudança dos conceitos durante a regência (planos de aula, aulas ministradas, relatórios críticos de ensino, sessões de visionamento e relatório final de estágio) é analisada. Os resultados indicam que as primeiras conceitualizações podem ser interpretadas como pseudoconceito de língua enquanto prática social já que os participantes sinalizam a importância de se trazer tópicos de relevância social e o fazer coisas através da língua em termos gerais, mas ao mesmo tempo indica uma sobreposição com o conceito de pedagogia crítica. O ensino de língua inglesa parece estar alinhado com a perspectiva sociocultural, embora os futuros professores não consigam explicar os jargões da área que utilizam em seus textos. Há também evidência da influência da aprendizagem pela observação em suas concepções iniciais que é o aprendizado que resulta de suas experiências enquanto alunos. Na fase seguinte, durante as verbalizações das conceitualizações, ficam evidentes as diferenças entre o desenvolvimento cognitivos dos futuros professores. A análise de conteúdo das interações entre os envolvidos no estudo indica que os participantes são capazes de refletir sobre os conceitos, embora ainda não tenham atingido o nível conceitual. Nesse ponto, é possível identificar a influência não só da aprendizagem pela observação, mas também da agência no processo de desenvolvimento à medida em que eles engajam ativamente ou resistem às situações apresentadas. Além disso, as diferenças individuais em seus desenvolvimentos cognitivos produzem diferentes resultados no que tange os conflitos e discrepâncias entre as verbalizações e ações dos futuros professores. Finalmente, a análise também indica que os futuros professores são capazes de elaborar projetos que partem de uma perspectiva de prática social, mas têm dificuldades em desenvolver discussões que promovam o uso da língua alvo ou desenvolvam aspectos linguísticos pertinentes ao tópico estudado. No que concerne o ensino de língua inglesa, a aprendizagem pela observação e a agência ainda parecem ter tido uma grande parcela de influência no planejamento e prática dos participantes. Em linhas gerais, os resultados sugerem desenvolvimento cognitivo dos participantes. Por essa razão, a presente pesquisa aponta que programas robustos de formação de professores desenvolvidos de acordo com cada contexto específico além de um trabalho conjunto entre os professores formadores (professores universitários e professores da escola) podem contribuir para o desenvolvimento de práticas que promovam o desenvolvimento cognitivo e profissional dos futuros professores. Desta forma, poderá haver mais oportunidades para que os futuros professores possam se desenvolver, deixando de operar apenas dentro de seus conhecimentos experienciais rumo ao pensamento conceitual.