Ideias e propostas educacionais: discursos difundidos pela revista Veja (2011-2015)

Abstract

Este estudo teve por objetivo geral “investigar em publicações semanais da Revista Veja, no período compreendido entre os anos 2011 a 2015, os discursos sobre educação no Brasil”. Para isso, apoiou-se em metodologia qualitativa, em que o recolhimento dos dados foi feito por meio de pesquisa documental e dos descritores: educação de qualidade. Dentre os 78 artigos publicados pela Revista Veja (2011-2105) sobre a educação no Brasil, destacaram-se 32 artigos de Gustavo Ioschpe. Tendo como referência os textos desse autor, foram criados 3 focos textuais: Críticas à política brasileira e às propostas para a educação feitas pelos candidatos ao governo, exemplos educacionais que o Brasil deveria ou não seguir no ensino básico e universitário; e, críticas aos professores, à escola, e à forma de ensinar e aprender no Brasil. De cada grupo focal foram escolhidos textos que pudessem representar as principais ideias do autor sobre a educação no país. Entre os resultados observou-se que Ioschpe aponta que melhorar a educação não depende de dinheiro, mas de formação de qualidade para professores e alunos, posicionando-se contra investir 10% do PIB na educação brasileira. O autor apresenta a escola como utópica, com um currículo de conteúdos excessivos, abordando aspectos não mensuráveis, cujo foco não é a aprendizagem, e que leva à ampliação da desigualdade social. Segundo Ioschpe, a receita do sucesso brasileiro é a fórmula chinesa, que usa o pragmatismo, a meritocracia, o coletivismo, o gradualismo e a abertura ao exterior em seu sistema educacional.