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Esta pesquisa foca na temática organização dos espaços e da sala de aula nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (1º e 2º ano) no contexto do Colégio de Aplicação da UFSC e tem como objetivo identificar e analisar a implantação do Ensino Fundamental de Nove Anos (EF9Anos) no referido colégio, no sentido de verificar se a organização do espaço atende a necessidade das crianças que acabaram de sair da Educação Infantil. Para isso, o trabalho pautou-se em uma pesquisa teórica sobre a temática abordada, tanto no capítulo 4 quanto no capítulo 5. O capítulo 6 abordou as contribuições e os elementos referentes à organização do espaço escolar na compreensão das professoras do Colégio de Aplicação, a partir de dois questionários, sendo um destinado às professoras que estavam presentes quando aconteceu a implementação do ensino de nove anos e o outro para as professoras que trabalham atualmente na escola, com os primeiros e segundos anos. Foram importantes para fundamentar a presente pesquisa os seguintes estudos: a) em relação às questões relacionadas à organização dos espaços para a infância, as contribuições de Gandini (1999), Dayrell (1996), Nascimento (2007) e Gonçalves (1999) Pinto (2005); b) sobre a escolaridade de nove anos, os documentos orientadores do MEC e, particularmente a pesquisa de Loureiro (2010); c) Vygotsky (1998), Charlot (2005) e Laffin (2006) sobre os processos de ensinoaprendizagem; d) e, por último sobre a questão de infância e criança, o trabalho de Kramer (2007) e Arroyo (1994). Mediante a análise dos dados, evidenciou-se que a escola apresenta espaços ainda não pensados para um melhor desenvolvimento das crianças e dos equipamentos com falta de manutenção; um parque que precisa de brinquedos mais adequados às crianças menores e mais inspetores de pátio para acompanhá-los nos intervalos, uma melhoria no refeitório e ampliação do parque. Ainda, as docentes apontam para o fato de que, de forma geral, gostam do espaço do CA, mesmo situando alguns problemas: o segundo ano divide a sala com a turma do 5º ano e, por isso, as carteiras são maiores; o parque precisa ser ampliado e o tempo, destinado apenas ao recreio; banheiros que são inapropriados para as crianças pequenas; respeito dos tempos e espaços das crianças. Outras questões situadas pelas profissionais são: conhecer as famílias e criar parcerias com elas durante todo o ano letivo e ouvir as crianças; estar atento ao processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças, assim conhecendo a faixa etária, as características cognitivas, sociais e psicológicas, além da adaptação dos espaços e trabalho pedagógico às necessidades e acolhida das crianças ainda há pouca discussão sobre infância no contexto do colégio. |
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