Quem são elas?: paridade de gênero, origens e carreiras nas direções petistas

DSpace Repository

A- A A+

Quem são elas?: paridade de gênero, origens e carreiras nas direções petistas

Show simple item record

dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Borba, Julian
dc.contributor.author Ayres, Carla Simara Luciana da Silva Salasário
dc.date.accessioned 2019-07-25T11:38:29Z
dc.date.available 2019-07-25T11:38:29Z
dc.date.issued 2018
dc.identifier.other 357929
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/198294
dc.description Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2018.
dc.description.abstract Este trabalho discute as estratégias partidárias adotadas com vistas à superação das desigualdades de gênero nos espaços de poder e decisão. Para tanto, parte das discussões que abordam tanto as desigualdades sócio-político-culturais como elemento que gera entraves ao desenvolvimento e estabelecimento da qualidade democrática, quanto das que ainda reconhecem os partidos como atores centrais nos processos de consolidação das democracias contemporâneas. Deste modo, além das discussões mais amplas envolvendo o sistema partidário brasileiro buscamos analisar as carreiras e trajetórias políticas das e dos dirigentes do Partido dos Trabalhadores, escolhidas(os) para composição dos diretórios estaduais a partir da normativa de paridade de gênero instituída pela legenda durante seu 4º Congresso Nacional, em 2011. Mobilizamos aportes teóricos com base na literatura da participação e de carreiras políticas bem como das discussões de gênero para analisar dados empíricos de natureza quantitativa. Nossa hipótese inicial (H1) foi de que a Regra da Paridade que visa reduzir a desigualdade de gênero no acesso formal à direção partidária acabaria por criar novos ciclos de diferenciação entre homens e mulheres, ao tornar-se mais exigente em termos de recursos, em geral não acumulados por elas. Esta conjectura supõe diferenças no perfil das e dos militantes por considerar, de um lado as barreiras sociais, políticas, simbólicas e institucionais da representação política das mulheres, e de outro os desafios ainda correntes para a participação feminina em diferentes espaços públicos. Fatores que nos faz supor ainda (H2) que a fim de compensar as habilidades e recursos não herdados ou acumulados seria possível encontrarmos, dentre as dirigentes petistas um maior envolvimento com movimentos sociais, organizações e associações de interesses, que os encontrados dentre os homens. A análise se deu com base em dados de abrangência nacional colhidos a partir da realização de survey amostral junto ao conjunto de dirigentes estaduais do PT, e nos permitiu confirmar as expectativas do trabalho. Encontramos, de modo geral, elementos que distinguem tanto o background sócio demográfico das mulheres, como os elementos que marcam o cumprimento das regras institucionais tácitas do partido. Se por um lado, o PT apresenta possibilidades normativas para que novos indivíduos rompam com as barreiras de acesso à sua hierarquia incorporando mulheres jovens com menos tempo de filiação; por outro lado, demandam muito mais custos de suas carreiras, posto que as mulheres: 1) apresentam escolaridade média mais elevada que a dos homens; 2) a proporção de homens sem responsabilidades domésticas é maior que a proporção de mulheres na mesma situação, enquanto, elas representam a maioria das pessoas envolvidas com o cuidado direto de crianças; 3) elas dependem menos diretamente da estrutura financeira do partido e necessitam de outras atividades profissionais remuneradas, limitando assim seu recurso de tempo livre para se dedicar às atividades partidárias; 4) em que pese o nível de associativismo entre homens e mulheres não apresentarem grandes discrepâncias, os dados confirmam a expectativa de diferenciação de gênero nas modalidades de associativismo: elas compõem a maioria dentre as (o) que nunca participaram das organizações tradicionais, ao mesmo tempo em que são protagonistas no envolvimento com os novos movimentos sociais .
dc.description.abstract Abstract : This work discusses the party strategies adopted to overcome gender inequalities in the areas of power and decision. Therefore, part of the discussions that address both socio-political-cultural inequalities as an element that creates obstacles to the development and establishment of democratic quality, as well as those that still recognize the parties as central actors in the processes of consolidation of contemporary democracies. Thus, in addition to the broader discussions involving the Brazilian party system, we sought to analyze the careers and political trajectories of the leaders of the Workers' Party, chosen for the composition of the state directories, based on the gender parity regulation instituted by the Legend during its 4th National Congress in 2011. We mobilize theoretical contributions based on the literature on participation and political careers as well as on gender discussions to analyze quantitative empirical data. Our initial hypothesis (H1) was that the Parity Rule - which aims to reduce gender inequality in formal access to party leadership - would eventually create new cycles of differentiation between men and women as it became more resource-demanding, in general not accumulated by them. This conjecture supposes differences in the profile of the militants, considering, on the one hand, the social, political, symbolic and institutional barriers of the political representation of women, and on the other, the ongoing challenges for the participation of women in different public spaces. Factors that leads us to suppose (H2) that in order to compensate for skills and resources not acquired through socialization - it would be possible to find among the PT sleaders leaders greater involvement with social movements, organizations and associations of interests, than those found among men. The analysis of the data of national scope collected from the sample survey carried out together with the set of state managers of the PT allowed us to confirm the expectations of the work. We find, in general, elements that distinguish both the socio-demographic background of women and the elements that mark the fulfillment of the party's tacit institutional rules. If, on the one hand, the PT presents normative possibilities for new individuals to break the barriers of access to their hierarchy by incorporating young women with less time of affiliation; on the other hand, the costs to this demand much more of their careers, since women: 1) have a higher average schooling than men; 2) men without domestic responsibilities are larger than the proportion of women in the same situation, whereas the women represent the majority of people involved in the direct care of children; 3) the women depend less directly on the financial structure of the party and need to engage in other paid professional activities, thus limiting their free time to devote themselves to party activities; 4) in spite of the level of associativism between men and women do not present great discrepancies, the data confirm the expectation of gender differentiation in the modalities of associativism: the women make up the majority of those who have never participated in traditional organizations, at the same time who are protagonists in the involvement with the \"new social movements\". en
dc.format.extent 213 p.| il., tabs.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Sociologia
dc.subject.classification Relações de gênero
dc.subject.classification Partidos políticos
dc.title Quem são elas?: paridade de gênero, origens e carreiras nas direções petistas
dc.type Tese (Doutorado)


Files in this item

Files Size Format View
PSOP0631-T.pdf 2.397Mb PDF View/Open

This item appears in the following Collection(s)

Show simple item record

Search DSpace


Browse

My Account

Statistics

Compartilhar