Dentro sem fora: reflexões ontológicas entre Georg Simmel e Martin Heidegger

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Title: Dentro sem fora: reflexões ontológicas entre Georg Simmel e Martin Heidegger
Author: Santos, Rafael Teixeira
Abstract: Neste presente esforço, investigamos a afinidade ontológica entre dois horizontes: o da questão do Ser; e o do problema da modernidade. Para isso, tratamos do pensamento de Martin Heidegger e Georg Simmel. Não se trata, porém, de se investigar a necessidade historiográfica entre ambos, já que este caminho de antemão já mostra o desacordo imanente entre a metafísica de Simmel, calcada no moderno, e a superação da metafísica de Heidegger, tendo o Ser como questão. Trata-se de investigar uma afinidade eletiva: o modo com que cada um se relaciona, com sua reação filosófica efetiva, com sua condição histórica: modernidade e então como esta encobre e dá condição para a superação da metafísica, por meio da questão do Ser. Com isto, nosso trabalho se divide em dois sentidos, tendo como mote a remissão da questão do Ser ao problema da modernidade. Segundo um sentido interno, ele segue o movimento da metafísica moderna metamorfoseada em torno dos sentidos unificados de vida e cultura até o aparecer-à-luz (sentido grego originário de vida) de seu conteúdo ontológico encoberto o horizonte do Ser mediante o processo de confrontamento e resgate (destruição ontológica) de sua tradição metafísica. Para isso, precisa-se de uma reconstrução da filosofia de Simmel como metafísica moderna da vida, percorrendo a noção de ser-na-metrópolis (como marco do modo-de-ser na modernidade) e o sentido dado a vida como transcendência segundo sua obra Visão da vida. A metafísica da vida de Simmel seria uma das últimas figuras de pensamento da tradição que antecedem e antecipam o desencobrimento da questão do Ser, tendo como horizonte histórico a modernidade. Porém, segundo um sentido externo, trata-se sobre a busca originária da forma, da qual pulsa e deriva o próprio problema da modernidade. Esse modo-de-ser dá um sentido de fechamento hermenêutico ao trabalho, pois recolhe, como contribuição, a reação filosófica de cada um, ao mesmo tempo que se põe acima do sentido anterior: como expressão ontológica desencoberta da questão do Ser. Encontramos seu sentido como o Dentro sem fora, ser do transitório na modernidade. A nossa proposta poética deste sentido visa acolher o movimento do pensamento sobre o moderno, quando a vida torna-se luz, deixando a metafísica moderna à sombra. Ela seria, então, a ambiguidade das infinitas reflexões inscritas no finito, a multiplicação infinita de instantâneos finitos, sob o aspecto da eternidade.Abstract : On this present effort, we investigate the ontological affinity between two horizons: the question of Being; and the problem of modernity. For this, we deal with Martin Heidegger s and Georg Simmel s thought. Although, it s not about investigating the historiographical necessity between both, since this way shows beforehand the immanent disagreement between Simmel s metaphysics, grounded on the modern, and the overcoming of metaphysics by Heidegger, having Being as question. It is, then, about investigating an elective affinity: the way each one relate themselves, with their effective philosophical reaction, to their historical condition: modernity and then how it encloses and give condition to the overcoming of metaphysics, through the question of Being. According to that, our work divides itself under two senses, having as lemma the remission of the question for Being to the problem of modernity. According to an internal sense, it follows the movement of modern metaphysics morphed around the unified senses of life and culture until the shown-into-light of its enclosed ontological content the horizon of Being by the process of confrontation and rescue (ontological destruction) of its metaphysical tradition. For this, it s needed one reconstruction of Simmel s philosophy as a modern metaphysics of life, going through the notion of being-in-the-metropolis (as a mark of the way of being in modernity), and the meaning given to life as transcendence according to his work View of life. Simmel s life metaphysics would be one of the last figures of thought from tradition that precede and anticipate the unraveling of the question for Being, having as a historical horizon, modernity. But, according to an external sense, it s about the original search for the form, from which pulses and derives itself the very problem of modernity. This way of being gives a sense of hermeneutical closeness to the work, because it recovers, as a contribution, the philosophic reaction of each one, at the same time it puts itself above the latter sense: as disclosed ontological expression of the question for Being. We find this figure as the In-with-out, being of the transitory in modernity. Our poetic proposal of this sense means to harbor the movement of the thought over the modern, when life becomes light, leaving modern metaphysics unto shadow. It should be, then, the ambiguity of the infinite reflections inscribed over the finite, the infinite multiplication of finite snapshots, under the aspect of eternity.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2018.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/198706
Date: 2018


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