"A câmera é um corpo vivo": política e poética nos filmes de Tony Gatlif

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"A câmera é um corpo vivo": política e poética nos filmes de Tony Gatlif

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Cardoso, Vânia Zikán
dc.contributor.author Cichowicz, Ana Paula Casagrande
dc.date.accessioned 2019-07-25T12:06:36Z
dc.date.available 2019-07-25T12:06:36Z
dc.date.issued 2018
dc.identifier.other 357904
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/198791
dc.description Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Florianópolis, 2018.
dc.description.abstract O cineasta Tony Gatlif afirma constantemente que é cigano, mas também um mediterrâneo, um francês, um estrangeiro em qualquer lugar . De maneira parecida, ele diz que os seus filmes não falam apenas sobre os ciganos, mas sobre os exilados, sobre as pessoas que estão em países estrangeiros, sobre aqueles que não tem lugar. Sobre os filmes ele diz que tem esse jeito de filmar que é o do corpo , que a câmera é um corpo vivo , que a vida nos filmes está borbulhando e ainda que a poesia dos filmes é provocada pela própria vida . Tomando os filmes de Tony Gatlif como campo etnográfico, o objetivo da tese é o de seguir as trilhas da vida sobre a qual Gatlif se refere para pensar a poesia que o cineasta diz ser provocada por ela. Se a poesia dos filmes é provocada pela vida, o que é/pode a vida nessa equação? E ainda, de que maneira Gatlif compõe a poesia que não apenas está presente ou faz parte de seus filmes, mas que de alguma maneira constitui os próprios filmes? Inspirada e atenta ao que os filmes apresentam e criam a tese discute sobre o processo de auto-ficção através do qual Gatlif se cria enquanto autor e cineasta. A tese se concentra, ainda - através de uma escrita sensível - em tocar e em se aproximar da infinidade de corpos que são apresentados/criados nos/pelos filmes: dos corpos que se produzem ao mesmo tempo em que criam ciganidade; dos corpos estrangeiros que apesar de habitarem o mundo, às vezes são impedidos de ocupá-lo; das coisas do mundo, banais e cotidianas, no processo constante de vir-a-ser; da câmera-corpo que se contamina com as atmosferas sensoriais que emergem nos eventos, que dança, que arde em febre e que através de uma subjetiva indireta livre amplia ainda mais a possibilidade de multiperspectivação dos/nos filmes; e ainda do corpo do som que destaca o delírio que é a própria audição. A tese ainda versa sobre o modo como os filmes exploram um engajamento háptico, aproximado e tátil, dos espectadores com os filmes, ao mesmo tempo que destaca a diferença, o estranhamento e a incompletude que estão implicadas no processo de tradução da estrangeiridade das línguas.
dc.description.abstract Abstract : The filmmaker Tony Gatlif constantly claims to be a gypsy, but he also claims to be a Mediterranean, a French, a foreign everywhere . Similarly, he says that his films are not only about gypsies, but about the exiled, about people who are in foreign countries, about those who are placeless. Gatlif says that his way of filming is the one of the body , that the camera is a living body , that life is boiling in his films, and that their poetry is brought about by life itself . This thesis approaches Tony Gatlif s films as an ethnographic field, its objective is to follow the tracks of life referred by Gatlif to think the poetry that is said by him to be brought about by it. If the poetry of the film is brought about by life, what is life in this approach? What can it do? Also, how does Gatlif compose the poetry that is not only present or makes part of his films, but in some way constitutes his films themselves? Inspired and attentive to what the films present and create, this thesis discusses the processes of autofiction through which Gatlif creates himself as an author and a filmmaker. It also focuses, through a sensitive writing, on meeting and approaching the infinity of bodies that are presented/created in/through the films: the bodies that produce themselves at the same time that they create gypsiness; the foreign bodies that although they inhabit the world, they sometimes are forbidden of being in it; the trivial things of the world in constant process of becoming; the corporeal camera that is infected by the sensorial atmospheres that emerge through events, that dances, that burns in fever, and that through a free indirect subjectivity increases the possibility of multiperspetivization in/of the films; or the body of the sound that highlights the delirium that is hearing itself. This thesis also discusses the way that the films explore a haptical engagement, near and tactile, of the spectator with the films, at the same time it emphasizes the difference, the estrangement and the incompleteness that are implicated in the process of translation of the foreignness of the languages. en
dc.format.extent 353 p.| il.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Antropologia
dc.subject.classification Cinema
dc.subject.classification Ciganos
dc.subject.classification Poética
dc.title "A câmera é um corpo vivo": política e poética nos filmes de Tony Gatlif
dc.type Tese (Doutorado)
dc.contributor.advisor-co Head, Scott Correll


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