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Desde as mais remotas civilizações, o ser humano utiliza-se do que dispõe o meio ambiente para saciar suas necessidades, seja de abrigo, alimento, vestimenta ou medicinal. As plantas com potencial terapêutico foram, ao longo do tempo, sendo conhecidas e selecionadas pelo homem. Embora o conjunto de plantas de uso popular tenha sido selecionado empiricamente por observação de sua eficácia e toxicidade, nem todos os efeitos tóxicos são abarcados pelo conhecimento tradicional, como efeitos tóxicos crônicos, que dificilmente são relacionados ao uso de plantas. A Universidade Federal de Santa Catarina conta com um Horto Didático de Plantas Medicinais, um espaço onde são cultivadas diversas plantas usadas pela população, e tanto os estudantes como a comunidade têm acesso às plantas e às atividades educativas desenvolvidas. Vinculado ao Horto há ainda um website (hortomedicinaldohu.ufsc.br), que é um catálogo eletrônico onde constam informações de 214 plantas medicinais. Este trabalho teve o objetivo de revisar na base de dados REAXYS, da Elsevier, a composição química de 53 plantas constantes no site, para prover sua atualização com informações científicas de qualidade e tanto atuais quanto possível. Uma busca nesta plataforma foi realizada utilizando o nome científico das espécies, procurando artigos que contivessem informações sobre os metabólitos secundários isolados das plantas. Das 53 espécies, somente 36 foram pesquisadas e em 34 destas foram encontradas importantes classes de metabólitos secundários, sobretudo alguns tóxicos, como alcaloides pirrolizidínicos, lactonas sesquiterpênicas, cumarinas e antraquinonas. As espécies Malva parviflora e Alternanthera ficoidea, apesar de serem espécies utilizadas para fins medicinais, não foram encontradas informações da sua composição química, o que reforça a necessidade de desenvolvimento de estudos sobre estas plantas. |
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