Abstract:
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Segundo a resolução nº 442 de 21 de fevereiro de 2006, o Farmacêutico é competente para realizar exames laboratoriais e exercer responsabilidade técnica pelos laboratórios de análises clínicas médico-veterinários. Visto que o diagnóstico de hemofilia A canina é essencialmente laboratorial e que o tratamento é dependente de hemocomponentes produzidos em bancos de sangue, fica evidente que uma revisão sobre a hemofilia A canina congênita pode exemplificar a inserção do profissional farmacêutico na área veterinária, ressaltando a importância de sua participação na preocupação com o bem estar animal, destacando a rentabilidade desse setor, pois o crescimento na população de cães e gatos abre espaço para que haja maiores investimentos na área de prestação de serviços de alto custo para o mercado de animais de estimação. Muitos de tais serviços podem contar com a formação do farmacêutico para a sua melhor realização, há bancos de sangue, farmácias e laboratórios especializados, todos cuja participação do profissional farmacêutico é essencial. Portanto, o presente trabalho teve como objetivo realizar uma revisão narrativa sobre hemofilia canina do tipo A congênita. Para a realização deste trabalho, foi feita uma revisão da literatura, levantando dados a partir de sites de instituições públicas ou privadas, livros textos, sites de organizações nacionais e internacionais, e das bases de dados PubMed, Google Acadêmico, Wiley Library, Lilacs, Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde, entre outras. No presente estudo, foram levantadas informações sobre a fisiopatologia, histórico, prevalência, tratamento e métodos diagnósticos de hemofilia A canina. As buscas foram feitas utilizando-se o descritor “hemofilia A canina” e, para refinamento, foram acrescidos os seguintes termos: “tratamento não-transfusional”, “diagnóstico laboratorial”, “tratamento com crioprecipitado”, “histórico”, “fisiopatologia em cães”, “diagnóstico clínico” e “possibilidade prognóstica”. Os termos foram utilizados em português e em inglês. A partir da leitura dos títulos e resumos, foram selecionadas publicações e matérias relevantes para elaboração do trabalho. Com base na pesquisa bibliográfica, verificou-se que a hemofilia canina do tipo A é uma coagulopatia com clínica inespecífica e, por isso, o diagnóstico e acompanhamento laboratorial da doença deve ser enfatizado, já que este vai possibilitar a confirmação do diagnóstico. As práticas laboratoriais aprendidas durante a graduação do Curso de Farmácia podem ser aplicadas ao meio veterinário e a importância do diagnóstico laboratorial enunciada no presente trabalho evidenciou o papel do profissional farmacêutico no diagnóstico, acompanhamento e tratamento dos cães com hemofilia A congênita. |