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O presente trabalho trata das dicotomias entre as dimensões teórico-metodológica e técnico-operativa a partir da analise teórica das obras de Yolanda Guerra
e Cláudia Mônica dos Santos, juntamente ao estudo da experiência acadêmica do Serviço Social através dos apontamentos de dois grupos focais formados por
estudantes do curso de Serviço Social da UFSC. Esse tema veio à tona quando da minha participação como bolsista do programa Pibic/CNPq da pesquisa intitulada:
―Os fundamentos sobre ação profissional do Serviço Social‖, sob a orientação do professor Helder Boska de Moraes Sarmento. Nessa pesquisa fiquei responsável
pelo estudo literário das autoras Guerra e Santos, e naquele momento comecei a analisar mais criticamente minha própria formação. Por esse motivo, essas
autoras foram escolhidas para o Trabalho de Conclusão de Curso. Entendo como relevante essa análise enquanto estudo e reflexão de duas das dimensões que
compõem o fazer profissional. Como metodologia utilizou-se a análise bibliográfica das autoras Yolanda Guerra (1997, 2000, 2003, 2007, 2009, 2010, 2013,
2014, 2015) e Claudia Mônica dos Santos (2005, 2008, 2009, 2011, 2012, 2013, 2016); também as Diretrizes Curriculares; posteriormente, desenvolvemos o
tema por meio da técnica de ‗grupos focais‘, em que participaram, alunos(as) das últimas fases do curso de Serviço Social da UFSC. A análise e reflexão
sobre todo o material, nos permitiu tecer alguns apontamentos: a supervalorização da teoria em detrimento da prática; o descuido com a oferta do ensino
da prática, que poderia ocorrer através de oficinas ou outros métodos a serem pensados; a falta do contato mais expressivo com os instrumentos normalmente
utilizados pelo Serviço Social, como entrevista, parecer social, visita domiciliar, resultando na ‗não aplicação do que preveem as Diretrizes Curriculares‘
quando da articulação orgânica entre as dimensões – ‗mesmo grau de horizontalidade‘; posicionamentos de alguns professores no sentido de afirmar que a
profissão não é técnica, indicando desta forma um afastamento do estudo do instrumental técnico-operativo; e o que nos surpreendeu sobremaneira - evidência
de sentimento de culpa, vergonha e receio por parte da maioria dos estudantes dos grupos focais, quando o assunto é ‗capacidade de reconhecimento‘ do instrumental
técnico-operativo, principalmente quando inseridos no campo de estágio e cobrados por seus supervisores de campo. Diante disso, acredita-se que o debate
e enfrentamento de questões relacionadas ao estudo e aplicação das dimensões - teórica e técnica, precisa ser realizado. |
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