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A presente pesquisa tem como campo norteador a seguinte questão: Que trajetória histórica
teve o ensino da Matemática no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, sendo este um colégio
para moças? Diante disso, refletimos acerca dos processos de constituição da Matemática
escolar, nos primeiros anos escolares no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora em Campo
Grande no Sul do Mato Grosso Uno, entre os períodos de 1930 a 1970; para tanto, nos
debruçamos sobre os autores da história cultural, procurando identificar as modificações
sofridas através do tempo delimitado na pesquisa, para então, tematizarmos sobre os métodos
e processos de ensino da Matemática escolar nesse colégio. Assim, com base nas informações
históricas que contribuíram na produção de uma história comprometida com a circulação de
objetos culturais, com o estabelecimento de relações entre os saberes escolares, e
representações construídas pelos sujeitos em „locus‟, analisamos o que consideramos como
elementos históricos: os referenciais, documentos norteadores das ações escolares que
entendemos são as reformas Francisco Campos 19890/31, Capanema 4244/42 e a LDB
5692/71, os Regimentos Internos do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, os Relatórios do
Inspetor Geral; os materiais didáticos, elementos produzidos no interior do Colégio, tais,
matérias didáticos e pedagógicos; e os personagens: que retratam suas experiências como
alunas. Dessa forma utilizamos também como fonte de pesquisa o depoimento de uma ex-
aluna do Colégio na busca de cobrir algumas lacunas. Para tanto levamos em conta as
seguintes categorias para a produção das análises desses elementos: estratégia e tática a partir
das concepções de Certeau, cultura escolar de Dominique Julia e disciplina escolar de André
Chervel. As análises nos trouxeram informações que a Matemática proposta no Colégio Nossa
Senhora Auxiliadora não tinha distinção de gênero, ou seja, eram as mesmas propostas nas
normativas estabelecidas nos períodos delimitado da pesquisa, tendo como espelho a proposta
metodológica do Colégio Pedro II, que era referência de ensino no Brasil na época, além de
um currículo extenso, com aulas de costura, bordado, música, economia doméstica e saúde. |
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