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Segundo dados do IBGE, em 2010 23,9% dos brasileiros declararam possuir alguma deficiência, entre eles a metade (46,8%) declarou ser deficiente físico. No caso das pessoas paraplégicas, sofrem com a falta ou limitada acessibilidade e tendem a ser excluídas de atividades sociais principalmente por causa de barreiras no ambiente. Neste sentido, as atividades de esporte e lazer também ficam comprometidas, pela carência de produtos que considerem estas particularidades. No caso específico do surf, esporte muito praticado em Florianópolis, esta realidade se repete, com um importante número de pessoas que gostariam praticar esta atividade, seja por esporte ou lazer. Desta forma, este projeto tem por objetivo desenvolver uma prancha de surf adaptada para uma usuária paraplégica. Tendo como referência o Guia de Orientação para o Desenvolvimento de Projetos (GODP), que apresenta três momentos (inspiração, ideação e implementação), com levantamentos inloco, entrevistas, pesquisas, observações, registros audiovisuais, dentre outros, foi possível desenvolver um produto novo, com base nos seguintes conceitos: segurança, liberdade, natural, conforto, único e aventura, resultando num produto sob medida, que primou pelo desempenho, segurança e estabilidade, sem desconsiderar os aspectos estéticos. A prancha de surf Nat possui uma forma diferenciada baseada nas necessidades reais da usuária, é uma prancha para surfar sentado com o auxílio de um remo. Conclui-se que o design pode contribuir para a socialização, autoestima, qualidade de vida, desenvolvimento das capacidades físicas e cognitivas, inclusão por meio de projetos centrados no ser humano. |
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