Abstract:
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Os profissionais da saúde estão diretamente vinculados ao cuidado no processo de viver humano. E neste contexto a morte e o morrer fazem parte da assistência às pessoas e famílias, requerendo dos profissionais enfrentamentos diversos, adaptação psicológica e formação profissional que dê segurança e disponibilize às pessoas cuidadas, tranquilidade e apoio técnico, social e emocional na circunstância de terminalidade. Os enfermeiros seguem condutas e normas éticas onde priorizam o cuidado em todo o processo vivencial. No universo do processo vivencial a criança mostra-se como ser no período inicial da existência humana e assim, com toda uma perspectiva de desenvolvimento, de elaboração de sonhos e concretização dos mesmos. A morte e o morrer na tenra idade, especificamente do recém-nascido, traz às pessoas dúvidas do processo da morte, em respeitar uma cronologia. Diante disso, o objeto deste estudo é o coping dos membros da equipe de enfermagem na morte e no morrer de neonatos. Assim se fez a questão de pesquisa: como se dá o coping dos profissionais de enfermagem em situação de morte na unidade de terapia intensiva neonatal? Para responder a este questionamento, fundamentou-se os resultados à teoria de Skiner, a Teoria Motivacional de Coping. Tendo o objetivo de compreender o coping dos profissionais de enfermagem no processo da morte e do morrer em neonatologia. O tipo da pesquisa é qualitativa, na modalidade exploratória e descritiva. Participaram do estudo 10 profissionais de enfermagem lotados na unidade de terapia intensiva neonatal do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, em atividade entre os meses de junho e julho de 2019. A coleta das informações seguiu um instrumento para a descrição ou oralidade de rememoração das experiências dos participantes, juntamente com um diário de campo de observações e expectativas da pesquisadora. Utilizada a análise de conteúdo temática de Bardin para organização, tratamento e análise dos dados e o software IRAMUTEQ. Os dados foram inseridos em tabelas Excel 2010 e alimentado o software, de onde emergiram os códigos pela análise textual, frequência de palavras e a consonância léxica por similitude, resultando em nuvem de palavras. A análise seguiu a análise temática com a aproximação em grelhas de análise em inter-relação com a Teoria Motivacional de Skiner, sendo elencados os desfechos do Processo de Coping: Resiliência e Vulnerabilidade Cognitiva. Resultando, assim, em duas categorias: 1. Equipe de enfermagem na morte em neonatologia à luz da Teoria Motivacional de Coping; 2. Ações regulatórias de ameaça no enfrentamento da morte: visão da equipe de enfermagem em neonatologia. Concluímos que os profissionais da equipe de enfermagem desenvolvem estratégias de coping com capacidade de resiliência, de forma que os modos de enfrentar o sofrimento do outro, a partir da morte, se ressignificam com a capacidade de empatia e de busca por informação que, por vezes, aproxima-se do cuidado à morte, entretanto, outras, distancia-se pela fragilidade frente à tristeza da perda e do limite dado pela terminalidade. |