Abstract:
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Introdução: a segurança do paciente é caracterizada pela ausência de danos evitáveis e redução do risco de danos desnecessários durante a assistência em saúde. Na hospitalização infantil muitos fatores estão envolvidos na segurança do paciente pediátrico, em função das especificidades relacionadas ao estágio de desenvolvimento da criança, peso, idade, área corporal e condições clínicas. A assistência segura ao paciente pediátrico visa prevenir e/ou diminuir os erros, bem como analisar os fatores que levaram à ocorrência dos mesmos, a fim de implementar medidas de melhorias garantindo uma assistência segura. Objetivo: identificar como ocorre a participação do familiar/acompanhante na assistência segura durante a hospitalização da criança em Unidades de Internação Pediátrica. Método: estudo descritivo e exploratório, de natureza quantitativa, desenvolvido utilizando uma entrevista semiestruturada. A amostra foi intencional, não probabilística, composta por 91 familiares/acompanhantes que aceitaram participar da pesquisa e atenderam os critérios de inclusão. A coleta de dados ocorreu de março a maio de 2019, tendo como local um Hospital Pediátrico do Estado de Santa Catarina, Brasil. O estudo seguiu os princípios éticos da Resolução Nº 466 de 12 de dezembro de 2012, sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina e do local do estudo. Para análise, os dados foram codificados e organizados em planilha no programa Microsoft Office Excel® e, realizada análise estatística descritiva. Resultados: participaram do estudo 91 familiares/acompanhantes, em sua maioria eram representados pelas mães e a média de idade foi de 31 anos. A média de idade das crianças internadas foi de dois anos, sendo 57 do sexo masculino, com diagnósticos predominante de problemas respiratórios. Os resultados foram divididos em três tópicos, sendo apresentados dados relacionado à comunicação eficaz, terapia medicamentosa e procedimentos corretos. Destes se destaca, quanto à comunicação, 60,4% dos familiares/acompanhantes não participaram nas tomadas de decisão com a equipe; em relação a existência de problemas de comunicação entre o familiar/acompanhante com a equipe de saúde 86 participantes responderam que não possuíam. Relacionado à medicação, 85 familiares/acompanhantes acham importante acompanhar a administração de medicamento e acreditam que estar presente neste momento é importante; 69 questionam os profissionais quanto aos medicamentos administrados. Quanto aos procedimentos corretos, 75,8% dos familiares/acompanhantes questionam os profissionais sobre o procedimento a ser realizado; a maioria dos participantes, ou seja, 81 não manipulam os equipos de soro e 10 manipulam. Considerações finais: os resultados mostram que os familiares/acompanhantes vem participando na assistência de maneira geral, porém há necessidade de maior participação em momentos específicos com o propósito de serem barreiras de segurança e participarem de forma ativa nas tomadas de decisão no intuito de haver uma assistência segura à criança. |