Prados e campinas. Arqueologia paleoambiente e fitogeografia do Arroio Cará

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Prados e campinas. Arqueologia paleoambiente e fitogeografia do Arroio Cará

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Oliveira, Marcelo Accioly Teixeira de
dc.contributor.author Perin, Edenir Bagio
dc.date.accessioned 2020-03-31T15:26:09Z
dc.date.available 2020-03-31T15:26:09Z
dc.date.issued 2019
dc.identifier.other 361742
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/206356
dc.description Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-graduação em Geografia, Florianópolis, 2019
dc.description.abstract Informações paleoambientais de registros palinológicos do Planalto Sul Brasileiro indicam que durante o Holoceno Inferior e Médio as terras altas meridionais eram dominadas por formações campestres que passam por um processo paulatino de substituição por Floresta com Araucária, até então restrita a refúgios nos vales dos rios maiores. Essa substituição inicia há aproximadamente 3,2 ka AP, e em Santa Catarina intensifica-se entorno de 1 ka AP. Tal processo deveria ter culminado na completa substituição das áreas campestres por florestas, impulsionada pelo manejo do ecossistema florestal por grupos pré-coloniais. Contudo, ainda existem grandes núcleos campestres que resistiram como relictos da paisagem do último máximo glacial. Este trabalho investiga o problema por intermédio do estudo palinológico de um registro sedimentar datado de 6,9 ka AP; da cronologia de estruturas remanescentes de uma ocupação arqueológica e da distribuição da cobertura vegetal com índices topográficos e edáficos da bacia hidrográfica do Arroio Cará, situada no maior núcleo campestre do Planalto Catarinense, ao sul da cidade de Lages. Os resultados indicam que a paisagem da bacia foi dominada por campos desde 6,9 ka AP, com presença esparsa de elementos florestais. A cronologia das estruturas arqueológicas investigadas indica a presença de grupos Jê meridionais no alto curso do Arroio Cará, desde 1.400 anos AP. A análise de componentes principais e a variabilidade entre os índices nas classes fitogeográficas indica que matas galeria estão associadas com valores maiores de declividade, profundidade do solo e curvatura do perfil, ocupando também as áreas de menor altitude na bacia e com menos insolação. Bosques ou capões ocupam áreas com valores maiores para curvatura do perfil e posição topográfica, as elevações locais, colinas e áreas melhor drenadas. A distribuição espacial das classes fitogeográficas também permite concluir que o principal fator restritivo à expansão da Floresta com Araucária parece estar relacionado à ocorrência frequente de banhados nas áreas mais altas, com solo pouco profundo, onde a umidade e a proximidade do lençol freático da superfície do terreno, limita o estabelecimento da floresta. O manejo da floresta, se realizado pelos grupos Jê que ocuparam a área, não implicou em significativa expansão da floresta na bacia, que continuou restrita aos terrenos mais baixos, ao longo de galerias e grotões onde os terrenos são melhor drenados.
dc.description.abstract Abstract: Paleoenvironmental information obtained from pollen records of the southern Brazilian Plateau indicate that during the lower and middle Holocene the southern highlands were dominated by grasslands that undergo a gradual process of substitution by Forest with Araucária, until then restricted to refuges in the valleys of the larger rivers. This substitution starts at approximately 3.2 ka BP and in Santa Catarina State intensifies around 1.000 BP. This process should have culminated in the complete replacement of grassland by the forest ecosystem management by pre-columbian groups. However, there are still large clusters that have resisted as relics of the landscape of last glacial maximum, possibly conditioned to environmental factors. This work investigates this problem through the palynological study of a sedimentary record dated 6.9 ka AP; the chronology of the remaining structures of an archaeological occupation and the distribution of the vegetation cover with topographical and edaphic indexes of the Arroio Cará basin, located in the largest grassland area of Santa Catarina Plateau, south of Lages city. The results indicate that the landscape of the basin was dominated by grasslands from 6.9 ka BP, with sparse presence of forest elements. The chronology of the archaeological structures investigated indicates the presence of southern Jê groups in the upper course of Arroio Cará, from 1.400 BP. The analysis of main components and a variability among the domains in the phytogeographic classes indicates that the gallery forests are associated with larger dimensions of slope, the depth of the soil and the profile curvature, also occupying the areas of lower altitude in the basin and with less insolation. Forest fragments occupy areas with higher values for profile curvature and topographic position, such as local elevations, and hills, better drained areas. The spatial distribution of the phytogeographic classes also allows us to conclude that the main restrictive factor to the expansion of the Araucaria Forest seems to be related to the frequent occurrence of plots in the higher areas, with shallow soil, where the humidity and the proximity of the surface water terrain, limits the establishment of the forest. The management of the forest, if carried out by the Jê groups that occupied the area, did not imply a significant expansion of the forest in the basin, which continued to be restricted to the lower lands, along galleries and where the lands are better drained. en
dc.format.extent 172 p.| il., gráfs., tabs.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Geografia
dc.subject.classification Arqueologia
dc.subject.classification Palinologia
dc.subject.classification Fitogeografia
dc.title Prados e campinas. Arqueologia paleoambiente e fitogeografia do Arroio Cará
dc.type Tese (Doutorado)


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