Sociedades democráticas possuem diversas doutrinas específicas que se diferem e que são influentes dentro dela. Uma teoria da justiça tem como objetivo fazer com que a própria estrutura básica da sociedade assegure às pessoas a possibilidade real de definirem social e politicamente sua vida em comum. John Rawls, em sua teoria da justiça, tem como ponto de partida um diagnóstico das “circunstâncias da justiça” que decorrem das necessidades e reivindicações que emergem das injustiças vivenciadas pelas pessoas e grupos em seus diversos contextos de socialização. Os princípios de justiça, em sociedades democráticas, devem ser justificadas publicamente e por meio de razões que todos os cidadãos, imersos em eticidades diferentes, poderiam aceitar. Em uma sociedade marcada pelo fato do pluralismo, os princípios de justiça regulam a cooperação social e em uma sociedade bem ordenada, se aplicam para decidir as questões de justiça nas estruturas mais básicas da sociedade. Neste sentido, o argumento da publicidade determina que os princípios escolhidos sejam estáveis sob condições onde são publicamente conhecidos e reconhecidos como a base da cooperação social. A ideia de razão pública decorre necessariamente da condição de publicidade. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa é mostrar a relação intrínseca entre justiça e democracia, mostrando que a ideia de razão pública desempenha um papel fundamental neste processo.
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Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Departamento de Filosofia.