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A geração de um trombo espontâneo na circulação arterial ou venosa está associada ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, principal causa de óbito no mundo. Fármacos anticoagulantes e antiplaquetários são utilizados para evitar e prevenir eventos tromboembólicos, entretanto, estes ainda estão associados a efeitos adversos e dificuldade de adesão. Produtos naturais têm sido utilizados para descobrir e desenvolver novas entidades farmacêuticas. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos de compostos de origem natural provenientes do Pantanal Mato-Grossense, na forma de extratos brutos, sobre a agregação plaquetária e a coagulação sanguínea humana. Foram avaliados extratos do fungo Agaricus bisporus (ESC1, ESC2 e ESCEtOH) e de plantas (STE1-14). Previamente à realização dos ensaios, as amostras de plasma foram incubadas por 5 minutos a 37 °C com: ESCs (400 µg/mL), STE1-14 (800 µg/mL) ou DMSO 0,5% (controle). A coagulação foi avaliada pelos testes de TP e TTPA utilizando-se um coagulômetro semi-automatizado. A agregação foi avaliada pelo método de turbidimetria utilizando-se ADP (10 µM) e epinefrina (5 µg/mL). STE7 (16,2 ± 0,1 s), STE8 (16,6 ± 0,3 s) e STE12 (19,8 ± 0,4 s) prolongaram significativamente o TP quando comparados ao controle (15,0 ± 0,4 s). Em relação ao controle de TTPa (28,5 ± 1,1 s), STE8 (31,2 ± 0,3 s), STE10 (33,9 ± 0,5 s), STE11 (36,6 ± 0,1 s) e STE14 (39,0 ± 0,2 s) apresentaram prolongamento significativo. Frente ao ADP, ESC1 (73,5 ± 2,1%), ESC2 (79,0 ± 2,8%) e ESCEtOH (84,5 ± 3,5%) inibiram significativamente a agregação em relação ao controle (92,3 ± 5,3%). Frente à epinefrina, ESC1 (76,5 ± 0,7%) e ESC2 (73,5 ± 0,7%) inibiram de forma significativa a agregação em relação ao controle (88,0 ± 4,2%). Todos os extratos STE1-14 inibiram de modo significativo a agregação induzida pelos agonistas, STE1, 7, 8, 9 e 11 foram considerados os mais promissores. Ainda, a forma de extração não influencia na atividade antiagregante de A. bisporus. |
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