Representações sociais sobre envelhecimento nas políticas públicas voltadas às pessoas idosas

Abstract

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, pela primeira vez na história, a maior parte das pessoas espera viver mais de 60 anos. No que tange características regionais, o IBGE aponta o estado de Santa Catarina como o de maior expectativa de vida do país. Dito isso, essa pesquisa teve como objetivo mapear e analisar as políticas públicas voltadas ao envelhecimento e à população idosa a fim de identificar quais são as RS sobre o tema ao longo dos últimos 25 anos nas políticas públicas voltadas ao idoso no estado de Santa Catarina e na sua capital, a cidade de Florianópolis. Realizou-se um estudo documental contemplando o período de 1994 a 2019 e os dados foram submetidos a análises lexicais do tipo Classificação Hierárquica Descendente. Foi possível interpretar a partir desse estudo, as três dimensões que constituem as Representações Sociais. Em âmbito nacional elementos que corroboram com a proposta do Envelhecimento Ativo através de proteção aos direitos da população idosa, políticas que estimulam o vínculo familiar e participação social bem como aquelas que garantem atendimento de qualidade e especializado nos serviços públicos de saúde. Entretanto, na medida em que se atinge níveis mais locais (estado e município) , acontece também o aumento na identificação de elementos que apontam para o distanciamento da proposta. A associação de idosos e pessoas com deficiência à ideia de fragilidade, infantilização e excesso de cuidado e proteção sobre os idosos e a representação da imagem da velhice à perda e ao declínio, foram elementos que corroboram para a identificação de uma sociedade fortemente marcada pelo ageísmo.