São os seres vivos pluricelulares sistemas autopoiéticos moleculares?

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Title: São os seres vivos pluricelulares sistemas autopoiéticos moleculares?
Author: Stakonski, João William
Abstract: Neste trabalho, investigamos a aplicabilidade da definição de ?ser vivo? proposta por Humberto Maturana e Francisco Varela, enquanto sistema autopoiético molecular, aos seres vivos pluricelulares. Em um primeiro momento, através do resgate de conceitos e argumentos que embasam esta definição, delineamos o modo como a concepção epistemológica dos biólogos chilenos em questão delimita sua abordagem do problema de definição de vida e de ser vivo, determinando o modo como os autores colocam e respondem a estes questionamentos, ao passo que utilizamos textos de apoio para contextualizá-los na discussão realizada pela comunidade científica sobre o tema. Na sequência, analisamos a coerência entre o tratamento dado pelos autores à definição dos sistemas pluricelulares e o restante de seu arcabouço teórico, investigando em especial sua tese, exposta nas obras mais significativas, de que os seres vivos devem ser considerados sistemas autopoiéticos moleculares. A partir de uma negação desta tese, apresentando razões que nos fazem duvidar da possibilidade de distinguir a unidade de sistemas pluricelulares a nível molecular nos termos gerais da teoria, por fim, encaminhamo-nos para uma nova abordagem, em que utilizamos os conceitos basilares, que sustentam o conceito de vida na teoria dos biólogos chilenos, para argumentarmos em favor da concepção de seres pluricelulares como sistemas autopoiéticos em um domínio de existência celular. Isso abre margem para a compreensão de certos fenômenos biológicos da esfera dos organismos utilizando-se de categorias, propostas por Maturana e por Varela, que oferecem modos interessantes de compreensão destes sistemas, ao mesmo tempo que suavizamos o apelo excessivo e restritivo à bioquímica, que a teoria, do modo como é dada pelos autores, sustenta.<br>Abstract : In this work, we investigate the applicability of the definition of ?living being? proposed by Humberto Maturana and Francisco Varela, as autopoietic molecular system, to multicellular living systems. At first, through the recovery of concepts and arguments that underlie this definition, we outline the way the epistemological conception of the Chilean biologists in question delimit their approach to the problem of definition of life and living being, determining how the authors set and reply to this inquiry, while we use support papers to contextualize them in the discussion carried out by the scientific community about the matter. Subsequently, we analyze the coherence between the treatment given by the authors to the definition of multicellular systems and their remaining theoretical framework, examining in special their thesis, shown in the most significative works, that living beings must be considered autopoietic molecular systems. Stemming from the denying of such thesis, giving reasons that make us suspicious about the possibility of distinguishing the multicellular systems unity at a molecular level in the theory?s general terms, finally, we make for a new approach, in which we utilize the basal concepts, that sustain the concept of life in the theory of the Chilean biologists, to argument in favor of the conception of multicellular beings as autopoietic systems at a cellular domain of existence. This leaves room for a comprehension of certain biological phenomena at the organism?s sphere utilizing the categories, proposed by Maturana and Varela, that offers interesting ways to apprehend these systems, at the same time that we mitigate the excessive and restrictive appeal to the biochemistry, that the theory, as given by the authors, sustain.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2019.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/211402
Date: 2019


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