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Micotoxinas são substâncias tóxicas que trazem preocupação devido ao fato de ter sido comprovado seus efeitos maléficos no organismo humano e animal, apresentando ação carcinogênica, teratogênica e mutagênica. Destacam-se, dentre as micotoxinas, as aflatoxinas, como a Aflatoxina B1 (AFB1), comumente encontrada em cultivos agrícolas de amendoim e milho, por exemplo. Diferentes métodos podem ser aplicados com o objetivo de combater os impactos desses metabólitos, como controle da atmosfera de armazenamento dos grãos e a aplicação de novas tecnologias. Porém, devido ao desenvolvimento da ciência dos materiais, esses tornaram-se fundamentais para o controle de micotoxinas, como nanomateriais, zeólitas e, com destaque, as bentonitas. Essas últimas são argilas formadas por partículas de montmorilonita e possuem lamelas que conferem uma alta capacidade de adsorção. O presente projeto tem como proposta a incorporação de cátions de octadecilamina (ODA) em bentonitas provenientes do Brasil e Moçambique a fim de avaliar sua capacidade de adsorção quando em contato com a micotoxina AFB1, além da comparação entre as duas bentonitas quimicamente tratadas. Para tanto, as bentonitas foram tratadas com solução de ODA (53,8 mmol/L), a qual foi protonada com ácido clorídrico (6,5 mol/L) sob agitação mecânica à temperatura ambiente. Alguns procedimentos foram realizados associados ao banho de ultrassom. Amostras de ensaios preliminares foram caracterizadas por espectroscopia no infravermelho. Observou-se que o tratamento com ultrassom promoveu a incorporação do surfactante nas argilas e reduziu a quantidade de água, indicando que as amostras sintetizadas devem apresentar maior espaço interlamelar e, consequentemente, melhor capacidade de adsorção. Busca-se, ainda, avaliar propriedades das demais amostras sintetizadas, observando qual tipo de bentonita apresenta melhores resultados quanto à capacidade de adsorção de micotoxinas. |
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